Mulheres que penhoram os anéis conquistam juros menores

Mulheres que penhoram os anéis conquistam juros menores

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Está difícil conseguir empréstimo? Os juros estão altos? A solução pode estar nos seus dedos: penhore seus anéis! E também, correntes, pulseiras... Ou seja, a saída pode estar na penhora de suas jóias. O penhor é fazer um empréstimo deixando suas jóias como garantia. Por isso não é preciso ter avalista, não se exige comprovação de renda e nem é necessário passar por uma análise cadastral. Para solicitar a avaliação de uma jóia basta ter mais de 18 anos e dirigir-se até uma das agências da Caixa Econômica Federal com os seguintes documentos: RG, CPF e comprovante de residência. A grande maioria dos tomadores de empréstimo deste tipo é composta por mulheres (74%) com renda entre cinco e 20 salários mínimos e que utilizam o dinheiro para o pagamento de dívidas pessoais.

Quais jóias são aceitas? Antigamente, todo tipo de bem podia ser penhorado (máquina fotográfica, de costura, TV). Atualmente, apenas jóias de ouro com mais de 12 quilates ou que apresentem valor histórico ou artístico. Aquelas que possuírem enchimento de metal não nobre com percentual inferior a 50% também são aceitas. Após análise, a pessoa é informada sobre o preço da jóia e tem direito a fazer um empréstimo de 10% até 85% do valor do bem. O dinheiro é disponibilizado ao cliente imediatamente. Caso a pessoa não se interesse em dar continuidade ao procedimento, pagará uma taxa de avaliação de 0,5% sobre o valor informado. O preço do grama do ouro, estacionado em R$ 28 para avaliações de jóias pela Caixa Econômica desde 2004, subiu para R$ 33. No ano passado, as agências de todo o Brasil liberaram mais de R$ 4,8 bilhões para o empréstimo e mais de 8 milhões de jóias foram empenhadas. Esses números certamente serão superados em 2009.

Quais são as taxas de juros cobradas, os valores e os prazos de empréstimos? Os prazos de contratação variam de 1 a 180 dias, podendo ser renovados por quantas vezes o cliente desejar. Os juros são de 1,7% ao mês (para o microcrédito máximo de R$ 1 mil) e de 2,25% ao mês para valores de até 50 mil.

*Marcos Crivelaro é professor é autor desse artigo, PhD da FIAP e da Faculdade Módulo, especialista em matemática financeira e consultor em finanças. Coautor do livro "Como sair do vermelho e tornar-se um investidor de sucesso".  

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