Não saber se dominar diante das vitrines pode ser doença

Não saber se dominar diante das vitrines pode ser doença

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:31

Controlar os gastos, para muitas mulheres, é um sacrifício e tanto. E, por saber que a mulher representa a maioria no índice de consumismo, não param se surgir novidades e "vantagens" tentadoras nas formas de pagamento. Cá entre nós, ter que resistir àquela liquidação e às novidades da nova estação é muito ruim, mas ficar endividada, com certeza, é pior ainda. Por isso, é importante sabermos os limites dos nossos gastos. Claro que na teoria isso funciona, porém, na prática requer muita força de vontade.

Comprar. Para algumas mulheres é um prazer; para outras é um vício. E quando não há um controle, segundo a psicóloga Martha Padrão, se torna uma doença, conhecida como TOC ? Transtorno Obsessivo Compulsivo, que, neste caso, é direcionado à compra.

Sem limites...

Ana Carolina, que preferiu não ter sua foto publicada, tem 21 anos, trabalha e tem um bom salário. Mas vive correndo às linhas de crédito para quitar as dívidas adquiridas com as compras que faz por impulso.

Ela tem dois cartões de crédito e usa cheque. Não consegue liquidar a dívida de nenhum de seus cartões e, o pior de tudo, está sempre usando o limite do cheque especial, o que só faz aumentar a conta, por causa das altas taxas de juros.

Só esta semana ela já passou quatro vezes pelo shopping e entupiu os armários de roupas e acessórios novos. "Quando me dou conta, já comprei. Sempre me arrependo, mas, geralmente, é tarde demais."

É muito comum para a jovem sair para comprar um perfume e voltar com três frascos, além de calças, bolsas e, até mesmo, alguns presentinhos. "Essa semana saí para comprar um perfume que acabara de ser lançando, mas chegando ao shopping me deparei com novidades da próxima estação. Comprei, além do perfume, duas calças, cinco blusas, um cinto, uma bolsa e uns presentes para o meu namorado."

Ana confessa que 60% das coisas que adquire são desnecessárias, mas quando se vê diante da vitrine não pensa nisso. "Tudo pelo prazer de comprar", conclui.

A psicóloga Martha Padrão afirma que atitudes como as de Ana Carolina são inerentes à pessoa que sofre de TOC. "Mesmo sabendo que está sem dinheiro ou de que não precisa daquilo, a pessoa sente a necessidade de comprar." Para esses casos Martha aconselha a ajuda médica.

"Hoje o tratamento é duplo, precisando a pessoa fazer um tratamento químico (medicamentoso) e psicoterápico ( terapia comportamental). A medicação é necessária para diminuir o grau de ansiedade e aumentar o grau de energia psíquica para que a pessoa possa romper o círculo vicioso do pensamento obsessivo."

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