Se você está com dificuldade para engravidar, os cientistas brasileiros têm uma boa notícia. As clínicas de reprodução assistida estão adotando um novo método para selecionar os espermas de boa qualidade e aumentar a chance de sucesso nos tratamentos de fertilização. O novo microscópio, apelidado de Super-ICSI, é capaz de aumentar o espermatozóide em até 8.000 vezes, enquanto os usados hoje chegam apenas a 400, dificultando sua visualização.
Com o novo microscópio é possível avaliar melhor os danos no DNA do espermatozóide. Essas alterações nos gametas se dão pela presença de irregularidades na cabeça dos espermatozóides. Mesmo defeituoso, ele pode fertilizar o óvulo, mas, depois de formado, o embrião não terá boa qualidade, o que pode dificultar a implantação no útero e levar ao aborto.
Essa técnica pode ser usada em qualquer tratamento de fertilidade, já que o objetivo é apenas ajudar na seleção dos espermatozóides. Os especialistas poderão escolher os espermas que estão saudáveis com mais precisão e facilidade, afirma o ginecologista Ricardo Baruffi, do Centro de Reprodução Humana Franco Júnior, em Ribeirão Preto (SP). Foi realizada uma comparação da taxa de gravidez com o Super-ICSI e com o ICSI usado anteriormente. O primeiro mostrou uma taxa de 60% de gravidez, enquanto o outro apontou apenas 25%, diz.
Estudo
Em agosto deste ano, um estudo realizado no Canadá afirmou existir uma relação entre o dano do DNA dos espermatozóides e o número de abortos. De acordo com o estudo, a taxa de aborto espontâneo dobrou no grupo de pacientes que possuía alterações no DNA dos espermatozóides em relação aos que tinham esperma normal.
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