O jovem rico - Coluna Paulo de Tarso

O jovem rico - Coluna Paulo de Tarso

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:30

Quando Jesus ía saindo, um homem correu em sua direção e se pôs de joelhos diante dele e lhe perguntou: "Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?" Respondeu-lhe Jesus: "Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus. Você conhece os mandamentos: 'Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe". E ele declarou: "Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência". Jesus olhou para ele e o amou. "Falta-lhe uma coisa", disse ele. "Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga- me." Diante disso ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas. (Evangelho de Marcos 10.17-22)

Este evento na vida de Jesus deve nos levar a uma profunda reflexão sobre aquilo que nos motiva a fazer progresso financeiro e como essas motivações impactam nossa relação com Deus e com as pessoas com as quais nos relacionamos.

Qual sua motivação para enriquecer?

A figura de uma pessoa rica, que acumulou sua fortuna através do trabalho diligente talvez seja o ideal de todos aqueles que sinceramente procuram progredir na vida e assim garantir os benefícios que a prosperidade potencialmente pode lhes trazer. Mas o fato inegável é que, a riqueza material, por si só, não nos deixa ver as verdadeiras intenções escondidas na mente de cada pessoa rica. Para as pessoas, em geral isto não se constitui algo de grande importância, por que elas ficam apenas vislumbradas com as vantagens práticas de se ter muito dinheiro. Na relação com Deus a coisa é diferente, porque Ele conhece nossas verdadeiras intenções e, para Deus, isto conta bastante.

A importância dos relacionamentos

Note que na conversa com o jovem rico, Jesus cita os vários mandamentos direcionados para nortear um relacionamento íntegro entre as pessoas: Não matarás, não adulterarás, não furtarás... Muitas vezes, na caminhada rumo à prosperidade financeira, esquecemos que existem pessoas, e que elas são mais importantes que o dinheiro. Na verdade, o dinheiro existe justamente para suprir necessidades e desejos das pessoas, mas não apenas do detentor do dinheiro, mas também das pessoas que estão no raio de ação daquele que tem o direito legal de usar o dinheiro para fazer o bem as outras pessoas. Por exemplo, um empresário que oferece oportunidades de trabalho pode gerar benefícios e riqueza àqueles que se agregam à sua empresa. Outras vezes doamos diretamente para causas corretas. Tudo em benefício das pessoas, o que, feito com a atitude correta, terá a aprovação de Deus.

Jesus condenou a riqueza?

Esta é uma questão crucial nesta história. Afinal de contas, ao sugerir que o jovem rico vendesse tudo e doasse o dinheiro aos pobres, Jesus estava ou não condenando a riqueza? Em minha opinião, Jesus não condenou a riqueza material. Muitos estudiosos também concordam com essa opinião. É possível que, intencionalmente, Jesus não tenha citado um dos mandamentos: Não cobiçarás. Ao que tudo indica, este poderia ser o grande problema do jovem rico. Ele queria sinceramente fazer a vontade de Deus e garantir o seu favor. Mas o dinheiro o estava impedindo de ter uma relação íntegra com Deus. Aí voltamos mais uma vez à questão das motivações que, para Deus, tem importância crucial. A reação do jovem à sugestão de Jesus, desnudou por completo aquilo que o impedia de reatar seu relacionamento com Deus, pois, como registrou o escritor:..ele ficou abatido e afastou-se triste, porque tinha muitas riquezas.

Concluindo

A riqueza não é um mal em si mesma. Mas, sua posse, traz muitos perigos potenciais. As aparências enganam o homem, mas não a Deus. Se você tiver o seu coração voltado para viver uma vida focada nas pessoas e trabalhar de forma diligente e planejada, poderá enriquecer e ainda contar com o favor de Deus. Caso contrário, tenha cuidado, porque o bom Deus conhece as verdadeiras intenções de sua mente e coração.

Sucesso!

Paulo de Tarso é engenheiro civil e mestre em teologia. É o idealizador e organizador do site, palestra e seminário Finanças para a Vida

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