O que fazer quando a vontade de ter um filho parte do homem

O que fazer quando a vontade de ter um filho parte do homem

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:32

Há mil recursos para atenuar as marcas do tempo nos cabelos, no rosto e no corpo das mulheres: tinturas, preenchimentos, cirurgias. Mas, no que se refere ao relógio biológico reprodutivo, o passar dos anos é implacável.

As mulheres já nascem com todos os seus óvulos, que vão amadurecendo ao longo da vida. Muitas adiam cada vez mais a maternidade por causa da carreira e de outras aspirações, como a compra da casa própria. Quando se dão conta, resta pouco tempo para realizar esse desejo. Após os 35 anos, só metade das mulheres engravida naturalmente. Ansiosas, muitas têm a impressão nítida de ouvir um tiquetaque. É o sinal de que é preciso ter um filho, já. Mas e o inverso: será que essa vontade incontrolável pode acontecer também com o sexo masculino? Afinal, o relógio biológico também apita para os homens?

Sem ultimatos

Nem todo mundo consegue lidar tão bem com esta questão. "Dependendo do nível de comunicação do casal, podem emergir brigas", alerta o psicólogo Antonio Carlos Amador Pereira. "Muitas vezes, a mulher decide que não quer filhos e esquece que é parte de um casal. Cada um precisa se colocar no lugar do outro. Se a mulher, por exemplo, se propuser a pensar no assunto e os dois juntos estipularem um prazo, ambos vão se tranquilizar e a relação sairá fortalecida."

Magdalena Ramos, terapeuta de casal e de família, de São Paulo, observa que o assunto aparece naturalmente na época do namoro, só que em forma de projeto a se concretizar. "Mas, no início do casamento, os dois devem começar a fazer planos e fixar metas sobre a melhor época para a vinda de uma criança." O tempo passou na janela e nada rolou? Num primeiro momento, nem o homem nem a mulher devem fazer colocações irreversíveis. "É preciso dar ao outro um tempo razoável para amadurecer a ideia", explica Antonio Carlos. E se a mulher pressentir que a vontade de ser mãe não vai chegar? Nesse caso, a única saída é a honestidade. "Ela tem que ser franca e tentar não agir com egoísmo, deixando o companheiro livre para realizar esse sonho, caso o anseio pela paternidade seja maior que a cumplicidade entre ambos", diz Magdalena.

Observadora das grandes mudanças sociais, a antropóloga carioca Mirian Goldenberg acredita que a paternidade tende a se tornar uma escolha tão importante para o homem quanto para a mulher. "Cada vez mais, ele não quer ser mero reprodutor ou provedor. Quer participar ativamente da decisão de ter ou não um bebê e da vida dos filhos", analisa. Segundo os especialistas, porém, a vontade incontrolável de ter filhos costuma surgir mais tarde no sexo masculino, talvez porque eles não sejam tão pressionados culturalmente. "Nossa sociedade obriga as mulheres a terem filhos para não se sentirem fracassadas. Em outros países, isso não ocorre", explica Mirian.

Há mil recursos para atenuar as marcas do tempo nos cabelos, no rosto e no corpo das mulheres: tinturas, preenchimentos, cirurgias. Mas, no que se refere ao relógio biológico reprodutivo, o passar dos anos é implacável. As mulheres já nascem com todos os seus óvulos, que vão amadurecendo ao longo da vida. Muitas adiam cada vez mais a maternidade por causa da carreira e de outras aspirações, como a compra da casa própria. Quando se dão conta, resta pouco tempo para realizar esse desejo. Após os 35 anos, só metade das mulheres engravida naturalmente. Ansiosas, muitas têm a impressão nítida de ouvir um tiquetaque. É o sinal de que é preciso ter um filho, já. Mas e o inverso: será que essa vontade incontrolável pode acontecer também com o sexo masculino? Afinal, o relógio biológico também apita para os homens? Sem ultimatos Nem todo mundo consegue lidar tão bem com esta questão. "Dependendo do nível de comunicação do casal, podem emergir brigas", alerta o psicólogo Antonio Carlos Amador Pereira. "Muitas vezes, a mulher decide que não quer filhos e esquece que é parte de um casal. Cada um precisa se colocar no lugar do outro. Se a mulher, por exemplo, se propuser a pensar no assunto e os dois juntos estipularem um prazo, ambos vão se tranquilizar e a relação sairá fortalecida." Magdalena Ramos, terapeuta de casal e de família, de São Paulo, observa que o assunto aparece naturalmente na época do namoro, só que em forma de projeto a se concretizar. "Mas, no início do casamento, os dois devem começar a fazer planos e fixar metas sobre a melhor época para a vinda de uma criança." O tempo passou na janela e nada rolou? Num primeiro momento, nem o homem nem a mulher devem fazer colocações irreversíveis. "É preciso dar ao outro um tempo razoável para amadurecer a ideia", explica Antonio Carlos. E se a mulher pressentir que a vontade de ser mãe não vai chegar? Nesse caso, a única saída é a honestidade. "Ela tem que ser franca e tentar não agir com egoísmo, deixando o companheiro livre para realizar esse sonho, caso o anseio pela paternidade seja maior que a cumplicidade entre ambos", diz Magdalena. Observadora das grandes mudanças sociais, a antropóloga carioca Mirian Goldenberg acredita que a paternidade tende a se tornar uma escolha tão importante para o homem quanto para a mulher. "Cada vez mais, ele não quer ser mero reprodutor ou provedor. Quer participar ativamente da decisão de ter ou não um bebê e da vida dos filhos", analisa. Segundo os especialistas, porém, a vontade incontrolável de ter filhos costuma surgir mais tarde no sexo masculino, talvez porque eles não sejam tão pressionados culturalmente. "Nossa sociedade obriga as mulheres a terem filhos para não se sentirem fracassadas. Em outros países, isso não ocorre", explica Mirian.    FOnte: M de Mulher

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