O que você vai ser? Eis a questão

O que você vai ser? Eis a questão

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:32

  A difícil hora de escolher uma profissão na vida do jovem

Chegou a hora de escolher a sua carreira. E agora? Que profissão seguir? Essa é a preocupação de muitos adolescentes. Afinal, na vida adulta, as pessoas passam a maior parte do seu tempo no local de trabalho. São, no mínimo, 76.800 horas nos próximos 40 anos.

O grande problema é que os jovens têm que tomar essa decisão muito cedo, sem uma orientação consistente. Escolhem carreiras, muitas vezes, influenciados por moda, vontade de satisfazer o desejo dos pais, possibilidade de retorno financeiro, sucesso ou status. Por isso, é necessário acertar na opção, se aperfeiçoar e buscar o primeiro emprego.

De acordo com algumas estatísticas, cerca de 40% das pessoas matriculadas nas universidades federais e estaduais, que são as mais disputadas, abandonam o curso antes do fim. No Brasil, apenas 7,5% da população têm curso superior. Isso mostra a falta de maturidade para escolher uma profissão. É uma decisão tomada num momento em que os jovens ainda estão cheios de dúvidas, incertezas e, normalmente, não estão preparados para fazê-la.

A escolha da profissão deve ser baseada nos interesses mais profundos, segundo uma pesquisa de psicólogos americanos. Os entrevistados, todos bem-sucedidos, atribuíram o sucesso profissional à busca da satisfação pessoal. Por isso, é preciso escolher bem, levando em conta o que se gosta de fazer.

Quando se faz o que se gosta, o que dá prazer, o resultado é o êxito profissional. E, em um mundo tão competitivo, só sobrevivem aqueles que são apaixonados pelo que fazem. Não adianta ser bom, tem que ser o melhor. Três coisas são importantes: autoconhecimento, informações sobre as profissões e sobre o mercado de trabalho.

O autoconhecimento é de extrema importância no processo da orientação profissional. Para escolher o que queremos "ser" (futuro), é necessário antes sabermos quem fomos (passado) e quem somos (presente). Só assim podemos fazer uma boa escolha com mais segurança e confiança.

A orientação profissional, realizada por alguém capacitado, ajuda muito nessa decisão. Ele identifica quais são as dificuldades que impedem a pessoa de realizar uma escolha profissional, possibilitando opções e escolhas mais claras de acordo com o crescimento interno e com os ideais da pessoa.

O psicólogo não escolhe a profissão de ninguém; ele auxilia e orienta o indivíduo, esclarece dúvidas em relação às profissões e mercado de trabalho, ajuda o jovem a lidar com a influência familiar, com sua angústia, ansiedade e inseguranças. Além disso, é realizada uma avaliação detalhada, através de baterias de testes, do perfil da pessoa, buscando descobrir suas aptidões, habilidades e interesses profissionais.

Escolher a profissão não é só pensar em uma atividade ou em um curso, mas também esboçar um projeto de vida: quem desejamos ser ou não, com quem queremos conviver e como vamos atuar na sociedade.

Não se pode achar que a escolha profissional vai nortear todo o resto da vida. Essa decisão é um primeiro passo, que será seguido pela vivência da opção. Logo mais, uma outra situação de escolha surgirá. E esse não será um segundo passo, mas, de novo, um importante primeiro passo.

Aí vão algumas dicas para quem precisa fazer essa escolha (fonte: Instituto Denver):

Opinião dos pais e amigos: Conselhos são bem-vindos, mas não tome decisões a partir dos palpites dos outros. Bons salários: Apostar numa carreira só porque ela dá dinheiro é arriscado. Uma profissão que paga bem hoje pode ser uma roubada no futuro. Desempenho escolar: Gostar de uma matéria escolar é um bom sinal, mas também pode ser uma armadilha. Vale mudar de idéia: Sempre é possível começar outro curso. Mas voltar para a estaca zero pode ser frustrante para quem já está para se formar. Cursos fáceis de entrar: Não escolha um curso apenas pela facilidade do vestibular. Pense antes na profissão. Profissões da moda: Cada época tem as suas. Parecem legais, mas informe-se sobre o curso e onde os recém-formados vão trabalhar. A vida real: Procure saber tudo o que puder sobre a carreira escolhida. Se continuar confuso, peça ajuda a orientadores vocacionais. Universidades badaladas: O prestígio da universidade conta na hora de entrar para o mercado de trabalho. Mas lembre-se de que uma boa formação depende mais do aluno do que da escola. Qualidade de vida: Procure saber como vivem os profissionais da carreira escolhida. Muitas delas exigem sacrifícios, com trabalhos nos fins de semana ou em lugares distantes. Mercado saturado: Não descarte uma vocação só porque há muitos profissionais dessa área. Sempre há espaço para um bom profissional.

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