Em breve, os efeitos colaterais da fertilização in vitro serão amenizados e as doses extras de hormônios para estimular a ovulação ficarão desnecessárias. Tudo isso graças às pesquisas da Universidade Estadual do Ceará, que estão desenvolvendo um ovário artificial para otimizar as características do órgão humano.
Sim, a história mais parece um capítulo do livro Admirável Mundo Novo , de Aldous Huxley, mas é a pura realidade. A mulher tem mais óvulos do que ovulações. Todos os dias, ela elimina as células sexuais não usadas, pois ocorre uma disputa de espaço, explica José Ricardo de Figueiredo, médico veterinário e coordenador do projeto. Com a nova técnica, um pedaço do ovário é retirado e os óvulos jovens são amadurecidos fora, gerando condições para todos se desenvolverem. Depois, serão fecundados e reimplantados.
Por enquanto, os pesquisadores ainda não conseguiram amadurecer o óvulo a ponto de ele poder ser fecundado, mas afirmam que a essa etapa está quase vencida. Enquanto a novidade não vira moda, a técnica é testada em animais e voltada para a indústria farmacêutica, que consegue prever a ação de novos medicamentos nas células sexuais femininas.
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