Pais contam como construíram relação de cumplicidade com as filhas

Pais falam da relação de cumplicidade com as filhas

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:11

O diretor de arte Manoel Gonçalves, 40, assistiu a diversos filmes da Barbie e até já arriscou alguns passos de balé em casa, sempre ao lado das filhas Bianca, 16, e Sofia, seis anos. Participando ativamente da vida delas desde que nasceram, Manoel se tornou próximo das filhas ao apostar na naturalidade. Ele topa todas as brincadeiras sem se preocupar se são femininas ou não.

O pai costuma ser a primeira referência masculina na vida da menina e influencia na relação que ela terá com outras figuras do sexo masculino ao longo da vida. É importante, portanto, que o pai reconheça as qualidades das filhas e demonstre que gosta de como elas são e do que elas fazem. É com o pai, de acordo com a psicóloga e psicoterapeuta Ana Gabriela Andriani, que a menina se sentirá valorizada.

Para o psicólogo e terapeuta familiar João David Cavallazzi Mendonça, essa valorização refletirá também na autoestima. Além disso, quando o pai se envolve em atividades do dia a dia, será visto como uma segunda fonte de segurança, depois da mãe. Para que isso seja possível João David comenta é que é preciso brincar. “Quanto mais o pai brincar com ela, mais mostrará esse lado lúdico e positivo do masculino.”

Entre presilhas e laços
Manoel afirma não precisar fazer esforço para se entrosar com as meninas. Ele inventa histórias para contar à filha mais nova e lembra que já se viu com o cabelo cheio de presilhas e laços ao brincar de cabeleireiro com as duas. Esses momentos entre pai e filha são muito importante para que se estabeleça, de acordo com a psicóloga e psicoterapeuta Cecília Zylberstajn, um vínculo pessoal entre eles.

O economista Roderick Cabral, 33, está acostumado a fingir que come comida de massinha com Sofia, de três anos, e Helena, de um. Também conta histórias de princesas toda noite antes da filha mais velha dormir. “Até princesa favorita eu posso ter se isso a fizer feliz”, conta.

O engenheiro Marco Viveiros, 36, não precisou se familiarizar tanto com brincadeiras femininas. Ele comenta que a filha de cinco anos, Manuela, gosta mesmo é de bagunça. “É o perfil dela e, por isso, não precisei ficar tão voltado para o mundo feminino”, diz.
Jogo de futebol

Assim como é indicado que o pai entre no mundo dela, também é recomendado que a filha participe do universo dele. “É legal ir a um jogo de futebol com o pai, por exemplo. Quanto mais experiências a criança tiver, melhor”, afirma Ana Gabriela Andriani
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O mais importante, de acordo com os especialistas, é estar envolvido, não importa se brincando com carrinho ou boneca. Da mesma maneira que o pai pode levar a menina a um salão de beleza por divertimento, como já fez Roderick, também pode brincar de campeonato de careta com ela, como faz Marco.

“O principal é ser sensível às afinidades que a filha tem e participar junto com ela das atividades que ela gosta”, afirma a psicóloga Camila Guedes Genn, do Núcleo de Infância e Família (NUDIF) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

O coordenador de produtos digitais Zander Catta Preta, 41, sempre tentou se aproximar da filha Catarina, 14, por meio da música e da literatura. “Já chegamos a apostar corrida para ver quem terminava um livro antes do outro”, comenta. Por não morarem na mesma cidade, ele mantém um blog onde publica cartas para a filha. “É uma forma que tenho de entrar em contato com esse universo que ela tanto gosta”, diz.

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