Que é preciso tomar atitudes ecologicamente corretas em casa e no trabalho, você já sabe. Mas, e quando você viaja? Em vez de dar uma "folga" para os cuidados com o meio ambiente, você pode - e deve - estar atento a essas medidas também ao conhecer novos destinos. E não importa se a escolha foi uma ilha paradisíaca na Tailândia ou o sítio de um amigo no interior.
De olho nesta necessidade de preservação do meio ambiente, o Pnuma (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o de Turismo aderiram à campanha Passaporte Verde. O objetivo é estimular o turista a adotar o consumo responsável, a fim de reduzir os impactos negativos de seu comportamento e de suas escolhas nos locais que visita.
A iniciativa é global, conta com 20 países-membros e foi lançada oficialmente no Brasil em Parati (RJ), em 2008. Nos próximos anos, a cidade deve ser transformada em um exemplo de turismo sustentável, com pousadas que reciclam o lixo e reaproveitam a água das chuvas, por exemplo, e restaurantes que sirvam comida orgânica. Outra medida é promover ações de formação e educação ambiental.
Uma das tendências citadas pela campanha é a chamada "slow travel". Isso significa passar mais tempo em um único destino, interagindo com os habitantes e conhecendo o máximo possível da fauna e da flora locais, dar prioridade para as caminhadas, ônibus ou trens, além de incentivar as caronas.
Se você ainda não está atento a esses valores, que tal começar agora? Veja algumas dicas e implemente-as desde já:
-Antes de viajar, informe-se sobre a cultura local e descubra quais são os hábitos alimentares e os valores de cada região;
-Lembre-se de que em alguns lugares há restrições sobre o uso de recursos naturais, como água e energia elétrica. Procure se informar antes;
-Dê prioridade aos destinos que respeitem o meio ambiente e as comunidades locais. Estimule o contato de seu filho com a natureza desde cedo (veja matéria aqui);
-Ao escolher hotéis ou pousadas, dê preferência para aqueles que contam com chuveiros (em vez de banheiras). Também economize água e energia e desligue os eletrônicos ao deixar o quarto;
-Ao imprimir as fotos, escolha apenas as especiais;
-Deixe cada coisa em seu lugar. Não quebre ou corte galhos de árvores, mesmo que estejam mortas ou tombadas, pois podem estar servindo de abrigo para aves ou outros animais;
-Não leve "lembranças" para casa. Deixe pedras, artefatos, flores, conchas onde você os encontrou, para que outros também possam apreciá-los;
-Compre suvenires produzidos localmente. Com isso, você valoriza o comércio local;
-Evite sacolas plásticas e embalagens para presente em excesso;
-Não compre produtos feitos com peles de animais, espécies em extinção ou aqueles feitos de corais, conchas, estrelas-do-mar, mármore, couro, penas ou qualquer outro produto natural, pois você estaria incentivando um comércio que nem sempre é sustentável;
-Experimente pratos da cozinha regional e não deixe de se informar sobre as frutas e vegetais da estação. Além de serem produtos mais frescos, o transporte emite menos gases poluentes;
-Economize água. Tome banhos rápidos e, quando possível, reutilize toalhas e roupas de cama em vez de trocá-las diariamente. Assim, você também contribui para diminuir o uso de detergente e produtos de limpeza que podem poluir rios e lagos locais;
-Evite viajar para áreas populares durante feriados e férias;
-Se visitar parques ou fizer trilhas, traga seu lixo de volta. E não alimente animais. Eles podem se acostumar com a comida oferecida e passar a invadir os acampamentos em busca de alimento, danificando barracas, mochilas e outros equipamentos;
-Ao voltar para casa, recicle brochuras, revistas, guias e outros. Ou então, doe estes materiais para alguém que queira viajar para o mesmo destino que você;
-Se os locais que você visitou agiram de forma social e ambientalmente responsável ou se as atitudes poderiam ter sido melhores, dê sua opinião.
Fontes: cartilha Passaporte Sustentável (WWF Brasil e CI); site internacional da campanha Passaporte Verde e site Pega Leve (parceria do Centro Excursionista Universitário, WWF e portal EcoViagem).
por Simone Tinti
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