Procura por intercâmbio vai crescer com Copa e Olimpíadas no Brasil

Procura por intercâmbio vai crescer com Copa e Olimpíadas no Brasil

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:28

Os eventos esportivos internacionais que acontecerão no Brasil - Copa do Mundo em 2014 e Olimpíadas em 2016 - devem impulsionar a busca por intercâmbio, tanto para trabalho quanto para o aprendizado de um novo idioma, apostam as agências do setor.

Isso porque os eventos devem abrir mais vagas no mercado de trabalho, principalmente as que exigem um contato com estrangeiros, o que remete à necessidade de aprendizado de um novo idioma e de uma experiência internacional.

"Nós acreditamos que vai haver um movimento natural", afirmou o gerente de Intercâmbio de Trabalho da STB (Student Travel Bureau), Samuel Lloyd. Ele acrescentou que o brasileiro tem o inglês muito básico e que não atende às necessidades, quando se recebe um número muito grande de turistas, o que deve acontecer durante os eventos esportivos.

"Para o nosso mercado, são excelentes, porque impulsionam as pessoas a aprimorarem o idioma e conhecerem outra cultura", comentou a gerente de Cursos no Exterior e de Idiomas da CI, Luiza Vianna, sobre os eventos esportivos que acontecerão no Brasil. "Realmente, a gente está apostando neles", completou.

A importância

De acordo com Lloyd, não são somente os cursos de idioma no exterior que devem crescer nos próximos anos, mas também os intercâmbios para trabalho. O objetivo é aprender ou aprimorar o inglês falado, que será mais exigido para lidar com os turistas.

E a exigência ocorrerá em todos os níveis profissionais. Quem tem a possibilidade recorrerá a uma ajuda da empresa para poder fazer o intercâmbio, enquanto profissionais que não contam com isso recorrerão a cursos no Brasil mesmo. "Uma pesquisa a que tivemos acesso mostrou que apenas 15% dos profissionais tinham fluência no inglês, para se comunicar adequadamente".

Luiza também disse acreditar que a procura pelo inglês vai aumentar, não somente por pessoas de cargos mais baixos, mas por executivos também. "Em termos de idioma, o inglês vai ser o mais procurado, mas o destino vai variar de acordo com o câmbio", explicou.

Planejamento

Para o diretor da agência de intercâmbio Information Planet, Alexandre Pucci, uma dica para quem vai aperfeiçoar o inglês até esses grandes eventos é cogitar a possibilidade de fazer um intercâmbio mais extenso. "Como ainda faltam cinco anos para a Copa, é possível planejar com antecedência e programar a viagem, fazendo valer melhor o investimento".

Ele acrescentou dizendo que um ano de intercâmbio no exterior pode equivaler a três ou mais anos de um bom curso de inglês no Brasil. "Quanto maior o período do intercâmbio, melhor o aprendizado. Porém, se a intenção é passar um período curto lá fora, fatalmente o estudante não poderá abandonar a escola de inglês, se quiser atingir um bom nível".

Para Lloyd, da STB, a principal dica para quem vai fazer o intercâmbio, com o intuito de conquistar vagas de trabalho durante os eventos mundiais, é se antecipar. "Quanto mais cedo, mais fácil entra para o mercado de trabalho e fica mais fácil crescer".

Luiza ainda acrescentou que, quanto mais cedo contratar os serviços, mais barato se paga por eles.

Preços

Dentre os destinos mais indicados, para quem quer aperfeiçoar o inglês antes dos eventos, estão Estados Unidos, Canadá, Austrália, Inglaterra, além dos alternativos Irlanda e Malta.

Um intercâmbio para a Austrália de 14 semanas, com passagem aérea, documentos (vistos, taxas e exame médico) e acomodação de quatro semanas varia de R$ 8.280 a R$ 15.080 na Information Planet.

Na STB, um curso de quatro semanas no Canadá (escola LSC), com acomodação em casa de família com meia pensão (café-da-manhã e jantar), custa a partir de 2.110 dólares canadenses mais a taxa de R$ 215 de matrícula.

Na Inglaterra (escola Eurocenters), o curso no mesmo perfil custa a partir de 1.831 libras mais a mesma taxa de matrícula. Na África do Sul (escola International House), custa a partir de US$ 2.500 dólares mais a matrícula, enquanto nos EUA fica a partir de US$ 2.370 mais matrícula.

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