Erros são bons... desde que a gente aprenda com eles! Sobretudo a não repeti-los. Senão, podemos cair num perigosíssimo ciclo de autossabotagem (série de atos/escolhas prejudiciais a si própria). Pois uma coisa é, por exemplo, reviver experiências traumáticas a fim de tentar compreender o motivo de um sofrimento passado.
Já outra bem diferente é ficar reproduzindo, por nada, comportamentos destrutivos dos parentes que marcaram sua infância. "Essas circunstâncias negativas podem se tornar inevitáveis, produzindo efeitos químicos que, inconscientemente, viciam a pessoa!", alerta a psicóloga Adriana de Araújo, de São Paulo. Sim, você leu direito: há risco de se viciar em situações sofridas. Para escapar de tamanha roubada, descobrimos quatro passos que ajudam você a identificar se está presa em um ciclo de autossabotagem.
E mais: sugerimos o que fazer para promover uma revolução em sua vida!
Ciclos de autossabotagem
Veja situações nas quais as repetições são negativas
Vivo em guerra com meu parceiro: Presenciar discussões dos pais cria a associação de que brigar é o único jeito de entrar num acordo. Você anda sempre às voltas com namoros tensos? Talvez esteja viciada em conflitos e não veja alternativa melhor.
Meu namorado é tão inseguro quanto meu pai: Buscar parceiros com doenças ou problemas semelhantes aos de algum parente é comum, pois a convivência e as histórias repetidas "acionam" um jeito antigo e "seguro" - quase sempre prejudicial - de agir.
Sinto atração por homens que não são confiáveis: Você pode dizer não gostar de parceiros assim. Mas, no fundo, sente prazer inconsciente no fato de seu namorado ser malandro. "Tal prazer é desencadeado no cérebro por uma série de reações químicas que, literalmente, viciam a pessoa àquela situação", explica a psicóloga Adriana de Araújo.
Escolhi seguir a profissão da minha mãe: A repetição do comportamento de um dos pais é vista como uma forma segura de controlar o futuro e nem sempre reflete seu desejo real. Mas não é necessariamente ruim - desde que você esteja feliz.
Passos para ser mais feliz
Perceber se está presa num ciclo negativo é simples: exige, apenas, analisar a sua vida com calma. Depois de identificado o problema, arregace as mangas para modificá-lo
1. Pare e olhe para o passado
Veja como agiu anteriormente - por exemplo, numa briga com os pais ou mesmo com o namorado. Você costuma discutir por qualquer motivo? Pode ser que enxergue a agressividade como única opção para resolver os problemas. Não é mesmo: além de negativo, é desgastante.
2. Passado x presente
Às vezes, estamos tão habituadas à autossabotagem que não a vemos. "Só dá para enxergar a repetição de padrão se observar seu próprio comportamento", explica a psicóloga Adriana de Araújo. Compare atitudes passadas e atuais e descubra se repete atos ou não.
3. Peça socorro
Precisa de ajuda? Recorra a uma amiga e peça para apontar em quais situações você tomas atitudes iguais. Da mesma forma que é fácil para você enxergar os problemas dos outros, uma pessoa de fora saberá dizer se você está em um ciclo de autossabotagem ou não.
4. Mãos à obra
Mude as atitudes que atrapalham sua vida, deixando-a infeliz. Como? Entenda qual é a intenção por trás dos seus atos e enfrente-a! São frutos do que vivenciou na infância? Caso tenha passado por um trauma sério ou não consiga melhorar sozinha, procure ajuda psicológica.
por Belisa Rotondi
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