Relações afetivas duradouras garantem a boa saúde mental

Relações afetivas duradouras garantem a boa saúde mental

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:00

A pesquisa, publicada no periódico British Journal of Psychiatry, mostrou que tanto homens quanto mulheres em relacionamentos com mais de cinco anos de duração são menos propensas a desenvolverem depressão, ter pensamentos suicidas ou envolvimento com álcool e outras drogas. E esses benefícios puderam ser observados em pessoas casadas ou não.

A pesquisa foi feita com mais de mil pessoas, ou ainda, aproximadamente 500 casais com idades entre 25 e 30 anos, que viviam juntos ao menos por 12 meses. Esses indivíduos foram entrevistados para transtornos mentais (como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, fobias e abuso de drogas lícitas ou ilícitas) e saúde em geral.

Os pesquisadores chegaram à conclusão de que quanto mais longo o relacionamento, menores as taxas de incidência para os transtornos mentais. Para se ter uma ideia, em torno de 15% das pessoas com média de 30 anos de idade e que não estão em um relacionamento mostram sintomas de depressão. Esse número cai para 9,8% nos indivíduos em relacionamentos com tempo de duração entre 2 e 4 anos e para 9,2% nas pessoas cuja relação dura mais de 5 anos.

No caso de abuso de álcool e outras drogas, a incidência gira em torno dos 12% nas pessoas de 30 anos solteiras e cai para 2,9% entre aquelas com relacionamentos mais longos (5 ou mais anos). A pesquisa foi controlada para fatores associados (como histórico familiar e transtornos mentais já instalados).

“Nosso estudo mostrou que uma relação com um parceiro por um longo tempo pode ser um fator protetivo para a saúde mental, aumentando essa proteção com o tempo. Isso pode ser devido à estabilidade financeira e ao apoio emocional em caso de problemas que esse tipo de relacionamento favorece”, indica Sheree Gibb, principal autora do estudo.

A pesquisadora afirma ainda que o status legal desses relacionamentos (estar ou não casados no papel) não determinou variações no impacto positivo do relacionamento na saúde mental. Esse resultado contrasta com outras pesquisas que haviam indicado que o casamento tinha efeitos protetores mais intensos que outros tipos de relação, finaliza a pesquisadora.

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