Saiba os nomes mais comuns dos bebês no Brasil

Saiba os nomes mais comuns dos bebês no Brasil

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:29

Esta na dúvida na escolha do nome do seu filho? Quer escolher um nome que esta na moda? Sabe quais são os nomes de bebê mais comuns no Brasil atualmente?

Infelizmente, não há uma estatística oficial e unificada. Como o país é muito extenso, as tendências podem ser diferentes de região para região. Uma dica é perguntar no cartório onde a criança vai ser registrada se há algum ranking local. Outra é dar uma olhada nas escolinhas ou creches próximas à sua casa para tentar descobrir as tendências.

Um dos poucos rankings existentes é o compilado pelo site Certifixe, com os registros de alguns cartórios brasileiros. Veja abaixo a lista referente a 2008. A amostra é de 16.306 registros feitos durante o ano de 2008. O ranking não leva em conta nomes compostos (Ana e Maria podem ser "Ana alguma coisa" e "Maria alguma coisa", por exemplo).

Ranking Certifixe (2008)

- Meninas

1) Maria

2) Ana

3) Júlia

4) Yasmin

5) Vitória

6) Beatriz

7) Letícia

8) Mariana

- Meninos

1) João

2) Pedro

3) Gabriel

4) Lucas

5) Vítor ou Victor

6) Matheus

7) Guilherme

8) Luiz

Nomes entram e saem de moda, como vestidos, e às vezes mergulham definitivamente no esquecimento, como chapéus. José, por exemplo, parece estar caindo de moda. Associado ao Zé Ninguém, ao homem comum, ele agora não aparece nem entre os 30 primeiros colocados no ranking do Certifixe. Por esse mesmo critério, há 30 anos ele ainda era o nome masculino mais comum entre recém-nascidos.

Já Maria, que andou em baixa até o começo da década, recuperou prestígio e atualmente lidera o ranking dos nomes nesses cartórios, ultrapassando a eterna concorrente Ana, normalmente em nomes compostos. Para os meninos, quatro nomes bíblicos dominam incontestes: João, Gabriel, Lucas e Mateus.

Acompanhando esse ranking dos mais registrados, é fácil notar quando subitamente o inconsciente coletivo coloca um nome na moda. Yasmin apareceu no ranking em 2005, em 20º lugar. Em junho de 2008 atingiu seu auge, a nona posição, e então começou a decair. Júlia, por sua vez, usurpou o posto que nos anos 90 pertenceu a Larissa entre os "top 10&S243;.

Dá para saber o que dita a moda dos nomes?

Até algumas décadas atrás, havia uma escolha relativamente limitada de nomes. Em geral, escolhia-se o nome de um santo do dia de nascimento, segundo o conselho da Igreja, ou então de um antepassado que tivesse nome de santo. Com a secularização da sociedade, porém, os nomes de santos começaram a ser substituídos por ídolos mais laicos, como artistas e personagens de novelas.

Mas essa relação nem sempre é tão direta. Em seu livro "Do que é feito o pensamento" (Companhia das Letras), Steven Pinker faz uma reflexão sobre o assunto e argumenta que os autores de novelas, filmes e séries de TV, na hora de nomear seus personagens, estão expostos ao mesmo inconsciente coletivo que o resto da sociedade, e que o sucesso de suas criações só reforça uma tendência que já existia no ar.

Ele conta, por exemplo, que o nome Marylin já vinha se popularizando desde a década de 1920 nos EUA, ou seja, bem antes de Norma Jean Baker entrar na onda e adotar Marylin Monroe como nome artístico.

O pesquisador ressalta que, assim como a moda, a tendência para nomes é cíclica, e que de repente nomes que pareciam antiquados soam como originais. Para Pinker, o que move os pais é o desejo de que o filho seja só um pouquinho diferente dos outros, sem ser esquisito demais, mas sem ser comum demais.

Qual é o problema de ter um nome da moda?

Os transtornos de ter um "nome da moda" não são gravíssimos, mas podem incomodar. É só você perguntar por exemplo a uma "Luciana" ou "Patrícia" nascida no começo da década de 1970 em São Paulo. O problema é que haverá sempre mais de uma criança com o mesmo nome na sala de aula, e a pessoa passa a ser chamada mais pelo sobrenome que pelo nome, ou então se vê obrigada a adotar algum apelido que a diferencie.

A dificuldade é que, muitas vezes, só se percebe que determinado nome era o "da moda" quando já é tarde demais. A ausência de um ranking oficial dos nomes complica mais as coisas, mas, se a estatística existisse, não seria garantia de que os pais evitassem nomes em alta. O apelo desses nomes costuma ser tão grande que os pais não se importam em ver outras crianças com o mesmo nome que a sua.

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