Ser Pai, um aprendizado constante

Ser Pai, um aprendizado constante

Fonte: Atualizado: sábado, 29 de março de 2014 às 03:29

É preciso buscar sempre a atitude mais adequada diante do comportamento dos filhos

Conheço um pai que tem aprendido a valorizar, apoiar, corrigir e disciplinar suas filhas adolescentes. Nenhum homem nasce sabendo ser homem, muito menos ser pai.

Entre erros e acertos, ele está aprendendo. No Salmo 127.3, lemos que "os filhos são herança do Senhor". Qual é o homem que não dá grande valor a uma herança? É vital para a saúde emocional dos filhos que o pai dê valor ao que eles fazem. Aquele desenho rabiscado na escola é mostrado ao papai para receber uma palavra de elogio. Aquela nota no boletim que ficou aquém do que se esperava, mas conseguida com empenho, foi trazida ao pai para ser reconhecida. Na maioria das vezes, a crítica sai rápida e certeira da boca dos pais, mas o elogio é raro e superficial.

"O princípio mais profundo da natureza humana é o anseio de ser apreciado", escreveu William James.

Também é muito importante valorizar as coisas que os filhos dizem. Não é porque são crianças ou adolescentes que não têm direito de dar opiniões e participar das conversas. Os pais precisam aprender a ouvir seus filhos, conversar com eles, a pedir opinião sobre os fatos do dia-a-dia, escutar suas tristezas e frustrações.

Muitas vezes, à primeira vista, pode parecer que o que eles dizem são soluções simplistas ou sentimentos bobos, mas se forem analisados com atenção, poderá haver muita sabedoria naquelas palavras.

Aprenda a valorizar os atos, as palavras e o comportamento de seu filho. Quando um pai critica, deve criticar o ato errado, e não a criança, pois a crítica mal colocada aflora sentimentos de menos-valia. O elogio e a apreciação, dados na hora certa, fazem aumentar o autoconceito. Apóie seus filhos em seus acertos e erros. Errar faz parte da condição humana, e os pais erram também. A Bíblia nos ensina, no salmo 103.13: "Como um pai tem compaixão de seus filhos, assim o Senhor tem compaixão dos que o temem; pois ele sabe do que somos formados; lembra-se de que somos pó." Em todos os momentos, os filhos precisam de compreensão, diálogo e orientação justa e coerente.

"Qual de vocês, se seu filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou se pedir peixe, lhe dará uma cobra?" (Mateus 7.9-10).

"O elogio e a apreciação, dados na hora certa, fazem aumentar o conceito que seus filhos têm de si"

Um bom pai corrige e disciplina seus filhos. O pai deve disciplinar seus filhos, assim como Deus disciplina os seus. "Pois o Senhor disciplina a quem ama, assim como o pai faz ao filho de quem deseja o bem" (Provérbios 3.12).

Ao contrário do que muitos pensam, a disciplina e a correção trazem benefícios à criança. Dão segurança, equilíbrio e conforto. Fazem com que os filhos sintam-se orientados e aprendam limites de comportamento.

Uma conversa profunda, fazendo com que o filho reflita no que fez, ou uma boa chamada de atenção também podem ser muito eficientes. É importante conhecer os filhos e saber qual das disciplinas produz melhores resultados.

Disciplina

Ao disciplinar os filhos, é importante ter cuidado de não fazê-lo movido por ira ou frustração. O motivo pelo qual disciplinamos os filhos é o amor. "Quem o ama não hesita em discipliná-lo"

(Provérbios 13.24).

A Bíblia afirma:

"Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos, não se desviará deles" (Provérbios 22.6).

A disciplina de hoje educa o homem de amanhã.

Os valores e os limites devem ser colocados desde que a criança nasce.

À medida que cresce, deve ser educada com amor e disciplina. É importante saber que, em algumas horas, deve receber uma palavra de incentivo e apoio; em outra, de correção e disciplina. Enquanto são pequenos, podemos discipliná-los de determinadas maneiras. Quando crescem, de outras. É preciso pedir sabedoria a Deus.

Sabemos que não existem pais perfeitos, mas o que vale é o desejo de acertar. O importante, como afirma Bruno Bettelheim em seu livro Uma vida para seu filho, é que sejamos bons o bastante. É assim que tem acontecido com aquele pai citado no primeiro parágrafo deste artigo. Ele é o pai de minhas filhas e, com ele, temos visto o que é ser pai.

Escrito por: Elizabete Bifano - psicóloga, casada com o pastor Gilson Bifano. O casal mora no Rio de Janeiro, tem duas filhas e trabalha no ministério Oikos. Sugestão de leitura Pequeno manual de instruções de Deus para pais (United Press)

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