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Israel

Arqueólogos descobrem propriedade em possível cidade ligada a Simão, o Mago

Propriedade samaritana funcionou por cerca de 400 anos, entre os séculos IV e VII, sob os domínios romano e bizantino.

Fonte: Guiame, com informações do Christian TodayAtualizado: terça-feira, 9 de setembro de 2025 às 17:06
Um lagar para produção de azeite em condições ritualmente puras e um banho ritual adjacente (miqveh). (Foto: Emil Aladjem / Autoridade de Antiguidades de Israel)
Um lagar para produção de azeite em condições ritualmente puras e um banho ritual adjacente (miqveh). (Foto: Emil Aladjem / Autoridade de Antiguidades de Israel)

Arqueólogos israelenses descobriram uma grande propriedade agrícola samaritana em Khirbet Kafr Hatta, no centro de Israel, local associado ao personagem bíblico Simão, o Mago.

Simão é descrito no livro de Atos como um homem que praticava magia e impressionava o povo com seus poderes.

Ao testemunhar os milagres realizados pelos discípulos, como Pedro, ele se converte ao cristianismo. No entanto, ao oferecer dinheiro para adquirir dons do Espírito Santo, é duramente repreendido pelo apóstolo.

Esse episódio deu origem ao termo "simonia", usado pela Igreja para designar a prática de comercializar cargos e funções religiosas.

Acredita-se que Simão tenha fundado uma seita gnóstica, posteriormente liderada por um mago chamado Menandro, nascido em Khirbet Kafr Hatta, onde foi descoberta a antiga propriedade agrícola.

Propriedade agrícola

A escavação é fruto de uma colaboração entre a Autoridade de Antiguidades de Israel (AAI) e o Ministério da Construção e Habitação, que está desenvolvendo um novo projeto residencial na região.

Estima-se que a propriedade agrícola tenha funcionado por cerca de quatro séculos, entre os anos 300 e 700 d.C., durante os períodos de domínio romano e bizantino.

Segundo os diretores da escavação da AAI, Alla Nagorsky e Dr. Daniel Leahy Griswold, “o tamanho e o esplendor dos edifícios descobertos, a qualidade de seus pisos de mosaico e as impressionantes instalações agrícolas, tudo aponta para a grande riqueza e prosperidade da comunidade samaritana local ao longo dos anos.”

Além dos mosaicos ornamentais e das decorações em forma de frutas, os arqueólogos também encontraram um lagar para produção de azeite, um armazém e um banho ritual de purificação.

“Esse tipo de lagar de azeite é mais típico da região de Jerusalém e da Sefelá da Judeia, sendo menos comum em Samaria”, disse Nagorsky.

“A riqueza e o luxo das construções foram substituídos pela produção de azeite e por instalações agrícolas. Novas paredes danificaram os pisos de mosaico, e os belos capitéis e colunas foram incorporados às estruturas mais recentes.”

Domínio bizantino

Durante os séculos V e VI, os samaritanos se rebelaram contra o domínio bizantino, o que resultou na destruição de diversos assentamentos.

A propriedade recém-descoberta, no entanto, parece ter resistido a esse período turbulento, preservando não apenas sua estrutura, mas também elementos da cultura samaritana, mesmo sob a ameaça constante dos imperadores bizantinos.

“Este é um sítio fascinante, que revela a trajetória histórica entre os tempos de prosperidade e o declínio da comunidade samaritana. Sua longa existência e os achados impressionantes permitirão reconstruir sua história ao longo dos séculos e enriquecer nosso conhecimento sobre essa população na antiguidade”, disse Nagorsky.

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