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Israel

Casal líder de louvor toca músicas de adoração em zona de guerra em Israel

Líderes de louvor nos EUA, Mark e Carrie Tedder realizaram o “Concertos de Esperança” para árabes e judeus em Israel.

Fonte: Guiame, com informações do PremierAtualizado: sexta-feira, 21 de junho de 2024 às 14:27
Mark Tedder junto a soldados em Israel. (Foto: Reprodução/worshiplanet)
Mark Tedder junto a soldados em Israel. (Foto: Reprodução/worshiplanet)

Um casal que lidera o louvor em sua igreja local em Colorado Springs, nos EUA, viaja pelo mundo treinando líderes do ministério de música. Com essa missão, eles já visitaram mais de 57 países ao longo de 38 anos.

Recentemente, Mark e Carrie Tedder estiveram em Israel para uma estadia de nove semanas com seu “Concerto da Esperança”

“Nossa missão era tocar música para as almas aflitas, traumatizadas e quebradas do país, após o ataque de 7 de outubro”, explicou.

Mark contou as pessoas perguntam se eles tocaram em igrejas para crente messiânicos, mas respondeu que a missão dele e de sua esposa na maior parte do tempo, durante a visita à Terra Santa foi tocar harpa pelas almas angustiadas.

“Não tocamos em igrejas; levamos a música para as pessoas nos kibutzim, hospitais, saguões de hotéis, pátios, praias e teatros”, afirmou.

Tocando um concerto para sobreviventes do Holocausto. (Foto: Reprodução/worshiplanet)

E revelou: “Tanto árabes como israelenses vieram aos nossos ‘Concertos de Esperança’”.

‘Armados com amor’

O casal chegou em Israel no dia 1º de abril, “armados apenas com amor, nossos instrumentos, um pequeno sistema de PA e uma seleção de músicas em hebraico”.

“Quando Jesus enviou os doze discípulos, ele disse-lhes para ‘irem às ovelhas perdidas de Israel’ (Mateus 10:6)”, disse Mark, “era disso que se tratava a nossa missão”.

Ele diz que se espelharam no salmista Davi quando o rei Saul foi atormentado por um espírito maligno.

Mark e Carrie Tedder levam louvor a Israel. (Foto: Reprodução/worshiplanet)

E cita a passagem de 1 Samuel 16:23, que diz: “Davi pegava a harpa e tocava-a com a mão; e Saul se sentia aliviado e ficava bem, e o espírito maligno o abandonava.”

Mark diz que sabia que as imagens malignas da guerra, os sons angustiantes das sirenes e o horror das pessoas que tinham de fugir das suas casas eram a fonte de trauma nas mentes dos jovens e dos idosos.

“Estávamos ansiosos para tentar algo que já fizemos em outros países restritos: tocar música sobre os traumatizados em locais públicos. Foi assustador!”, disse.

O Senhor é o nosso refúgio

“Nas semanas que se seguiram, choramos com as pessoas, as abraçamos e ouvimos suas histórias”, compartilhou Mark.

Ele disse ainda que fizeram oficinas para líderes de louvor, músicos e artistas da Galileia, Tel Aviv e Jerusalém ensinando temas como “Música é remédio”, onde exploramos os aspectos filosóficos e espirituais da música, destacando o poder que ela tem para aliviar traumas mentais e emocionais.

Treinamento "Música é remédio" ministrado para músicos em Israel.(Foto: Reprodução/worshiplanet)

Mas em poucos dias a missão precisou ser interrompida. O Departamento de Estado dos EUA emitiu um texto a todos os cidadãos americanos que vivem ou visitam Israel, dizendo que um ataque do Irã era iminente.

“Minha esposa Carrie e eu estávamos em um sono profundo quando nossos telefones começaram a vibrar com inúmeras mensagens de texto de amigos e familiares ao redor do mundo perguntando: ‘Vocês estão bem?’, ‘Vocês conseguem pegar o próximo voo para sair?’, ‘Por favor, fiquem seguros!’", contou Mark.

300 mísseis

Ele disse que rapidamente buscaram as fontes de notícias locais em Israel e descobriram que mais de 300 mísseis e drones foram lançados diretamente a Israel, e que Jerusalém deveria esperar impacto na próxima hora.

Mark contou que duas semanas depois Amit, um professor que trabalha na cidade de Sderot, a apenas 1 km da fronteira de Gaza perguntou o que ele e sua esposa fizeram e como s prepararam.

“Enquanto as sirenes soavam por Jerusalém, Carrie e eu sentamos no sofá e lemos os primeiros quatro versículos do Salmo 91”, contou.

Depois, enviaram mensagens de voz para os dois filhos e netos.

“Então, fizemos uma oração, nos beijamos, nos abraçamos e compartilhamos algumas palavras muito particulares um com o outro. E então... esperamos.”

Amit ficou impressionado com a calma do casal.

“Você quer dizer que apenas sentaram lá e esperaram?!”, Amit exclamou.

Mark disse que sim, pois estavam prontos. "Pronto para quê?", Amit quis entender.

E Mark respondeu: “Nós sabemos o que vem a seguir. Vivemos uma boa vida, temos dois filhos e sete netos que estão sendo cuidados... e temos esperança!”

“Como você pode ter tanta certeza?”, Amit perguntou com olhos vazios e um olhar de anseio.

Mark disse que esse tipo de conversa se repetia quase diariamente com árabes seculares e israelenses com quem interagiam, assim como com muitos judeus ortodoxos.

“Todos ficavam surpresos por termos vindo a Israel em um tempo de guerra para tocar música. E eles queriam saber o que nos motivava”, disse.

O Evangelho brilha

Mark disse que naqueles dias sua fé foi colocada à prova. “Como cristãos, temos a escolha de correr para a batalha ou recuar e não fazer nada e esperar pelo resultado”, disse.

Ele disse que qualquer que fosse a razão da escolha, “Deus parecia sempre empurrar Carrie e eu para levar a adoração onde o risco parece maior: Coreia do Norte, Tibete, China, Norte da África, Cuba, Mianmar...”

“Para nós, isso sempre fez parte do nosso chamado e desejo de levar o Evangelho a algumas das partes mais escuras e remotas do planeta”, disse.

“Se você tem uma posição forte sobre os direitos e os erros desta guerra, eu respeito isso. Minha missão é simplesmente servir aqueles que encontramos que estavam quebrantados, traumatizados e precisavam de cura”.

E concluiu: “A verdade é que, na guerra, ninguém realmente vence. Batalhas podem ser ganhas, mas ideologias e crenças remontam a milhares de anos. Não há respostas fáceis. Mas, como cristãos, podemos e devemos orar por todos os povos desta terra que Deus ama”.

 

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