O Instituto Israelense de Pesquisa Biológica (IIBR), do Ministério da Defesa, diz que dois medicamentos usados para tratar a doença de Gaucher também podem ser usados no tratamento eficaz para pacientes com Covid-19.
A doença de Gaucher ocorre quando o organismo do paciente não consegue eliminar um tipo de gordura chamado glicocerebrosídeo. O acúmulo desta substância nas células causa inchaço em alguns órgãos, em especial o fígado e o baço. Tais células afetadas também se acumulam na medula óssea, enfraquecendo os ossos.
Pesquisadores do IIBR dizem que os dois medicamentos usadas para tratar a doença de Gaucher parecem inibir o vírus. O primeiro medicamento é o Cerdelga, que já foi aprovado pela ‘Food and Drug Administration’, dos EUA. O segundo é o Venglustat, que está em processo de aprovação.
Os cientistas descobriram que, juntos, os medicamentos levaram a "uma redução significativa na capacidade de replicação do coronavírus e à destruição da célula infectada", disse o porta-voz do Ministério da Defesa em comunicado.
"Os dois medicamentos em desenvolvimento estão atualmente sendo testados quanto à sua eficácia no tratamento de animais infectados com coronavírus", continuou o porta-voz.
O tratamento também mostrou ser eficaz contra outros três vírus, o vírus do Nilo Ocidental, o vírus Influenza A e o vírus Neuroinvasivo Sindbis.
"Isso indica seu potencial no tratamento eficaz de várias doenças virais — incluindo futuros surtos de novos vírus — depois de aprovados clinicamente", escreveu o ministério.
Os pesquisadores acreditam que os medicamentos podem ser um tratamento temporário para pacientes com coronavírus, enquanto os cientistas continuam trabalhando na vacina e no tratamento.
“O tratamento de uma nova doença, como a Covid-19, usando um medicamento já aprovado, pode servir como uma solução eficaz a curto prazo, considerando que um dos principais desafios no tratamento de uma pandemia é o tempo que leva para a pesquisa e aprovação de novos medicamentos”, afirmou o ministério.
O IIBR tem se empenhado e trabalhado intensamente nas pesquisas sobre a Covid-19.
No início deste mês, anunciou que havia descoberto um anticorpo específico que neutraliza o coronavírus. O instituto também afirmou que concluiu um teste bem-sucedido de vacina contra o coronavírus em roedores.
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