O Estado islâmico reivindicou pela primeira vez dois ataques terroristas interligados, dentro do território controlado por Israel, depois que homens palestinos apunhalaram e mataram um policial israelense e feriram dois outros oficiais em Jerusalém. As autoridades israelenses, no entanto, negaram que a ação tenha sido um ato do grupo terrorista.
"Com a ajuda de Alá, conseguimos realizar um ataque no coração de Jerusalém, perto do Monte do Templo", disse o Estado islâmico, também conhecido como 'ISIS', 'ISIL' ou 'Daesh', em um comunicado oficial, através de sua agência de notícias Amaq. O grupo terrorista também advertiu que este ataque "não será o último".
As duas ações ocorreram simultaneamente em dois locais distintos, porém próximos do portão de Damasco da cidade velha murada de Jerusalém na última sexta-feira (16), de acordo com o jornal 'Jerusalem Post'.
Dois palestinos abriram fogo e tentaram esfaquear um grupo de policiais israelenses e, simultaneamente, outro palestino apunhalou até a morte, uma policial da fronteira. Os três atacantes foram posteriormente mortos a tiros pela polícia de Israel.
O porta-voz da polícia, Micky Rosenfeld teria alegado que não houve evidência do envolvimento do Estado Islâmico na ação.
Os três atacantes foram identificados como Bara Ibrahim Muhammad Saleh, de 19 anos de idade; Adel Hassan Ahmad Anakush, de 18 anos; e Osama Ahmad Mustafa Atta, de 19 anos.
"Três terroristas coordenaram um ataque, armados com uma arma e punhais automáticos", disse Rosenfeld no sábado. "Os tiros foram disparados pela primeira vez do lado de fora da Caverna de Zedequias, e os policiais vizinhos da Fronteira responderam imediatamente, abrindo fogo e matando dois dos terroristas que estavam armados, na cena. Um oficial e um civil ficaram levemente feridos".
Segundos depois, ocorreu outro ataque quando um terceiro palestino esfaqueou com diversos golpes de punhal, a policial israelense Hadas Malka com uma faca. "A oficial foi esfaqueada várias vezes e ficou em estado crítico, antes de ser levada às pressas para o hospital, onde, infelizmente, não resistiu aos ferimentos e morreu pouco depois".
Momentos antes de ser atacada, Malka, de 23 anos, enviou um selfie sorridente a seus amigos mais próximos, para desejar um feliz 'Shabat'.
Apesar do Estado Islâmico ter assumido a autoria pelos ataques, o grupo terrorista palestino 'Hamas' também se responsabilizou pelas duas ações criminosas.
"Os três mártires heróis que executaram a operação de Jerusalém não têm conexão com a Daesh, mas estão afiliados à PFLP (Frente Popular para a Libertação da Palestina) e ao Hamas", escreveu Izzat El-Reshiq, ligado ao Hamas, no Twitter.
Durante sua visita a Israel no mês passado, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que orou, pedindo por sabedoria de Deus, enquanto tocava o Muro das Lamentações na cidade velha de Jerusalém. Ele é o primeiro presidente americano a visitar o local mais sagrado do judaísmo, enquanto está ocupando o cargo.
Na época de sua visita a Israel, Trump voou para o Estado judeu diretamente de Riade, na Arábia Saudita, onde deu um discurso aos líderes de mais de 50 países de maioria muçulmana, desafiando-os a expulsar os terroristas de suas terras.
"Se vocês escolherem o caminho do terror, sua vida estará vazia, sua vida será breve e sua alma será condenada", disse ele.
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