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Israel avisa que o Irã está perto de ter uma bomba nuclear: “O tempo está se esgotando”

A opção militar de atacar as instalações nucleares iranianas já foi considerada.

Fonte: Guiame, com informações de CBN NewsAtualizado: terça-feira, 14 de setembro de 2021 às 11:41
Base subterrânea que abriga mísseis mortais foi revelada pela Guarda Revolucionária Islâmica no Irã. (Foto: Reuters/Sepahnews)
Base subterrânea que abriga mísseis mortais foi revelada pela Guarda Revolucionária Islâmica no Irã. (Foto: Reuters/Sepahnews)

O primeiro-ministro israelense, Naftali Bennett, alertou o mundo de que o tempo está se esgotando para impedir o Irã de obter uma arma nuclear. Falando numa reunião de gabinete, no domingo (12), Bennett fez soar um alerta internacional. 

“Estou convocando as potências mundiais: não caiam na armadilha do engano iraniano que levará a concessões adicionais. Não se deve desistir de fiscalizar os canteiros e, a mensagem mais importante, é que deve haver um limite de tempo”, disse.

Segundo Bennet, o programa nuclear iraniano está no ponto mais avançado de todos os tempos e ele disse que a opção militar de atacar as instalações nucleares está aberta. 

“Israel considera que a imagem refletida no relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) é extremamente séria, o que mostra que o Irã continua mentindo para o mundo e promove um programa de desenvolvimento de armas nucleares, violando suas obrigações internacionais”, disse Bennet em um comunicado.


Ebrahim Raisi, político e jurista conservador iraniano e atual presidente do Irã. (Foto: AP Photo/Ebrahim Noroozi)

Os campos incluem outra arma de terror

No início deste mês, a agência da ONU que monitora o programa nuclear do Irã divulgou um relatório confidencial dizendo que, por meses, o regime impediu o acesso a suas instalações nucleares danificando câmeras de vigilância. 

O relatório disse também que o país está expandindo seu programa nuclear, perigosamente, perto de um nível adequado para armas. O ministro da Defesa israelense, Benny Gantz, emitiu outro alerta com a divulgação de imagens de uma base de treinamento iraniana.

“A base Kashan, localizada ao norte da cidade de Isfahan, é usada para treinar terroristas do Iêmen, Iraque, Síria e Líbano, a fim de que alcancem seus objetivos econômicos, políticos e militares”, disse Gantz.

“Uma das ferramentas mais importantes empregadas pelo Irã e seus representantes são os UAV’s (Unmanned Aerial Vehicle ou, em português, Veículo Aéreo Não-Tripulado), com alcance de milhares de quilômetros”, revelou o ministro que também denunciou que há centenas deles espalhados pelos países citados.

A guerra do futuro

O Irã também está tentando transferir o know-how necessário para a produção de UAV para Gaza. Seth Frantzman, autor do livro “Drone Wars”, fala da atual situação como “a guerra do futuro”. 

“O que isso nos diz é que o Irã não está apenas exportando drones e projéteis, mas está trazendo pessoas para o Irã, treinando-as e enviando-as de volta”, disse Frantzman ao CBN News. 

“Eu acho que, é claro, tem grandes implicações para a região porque significa que você tem operadores muito qualificados que podem usar drones tendo como alvo navios ou instalações de energia ou o que quiserem”, alertou.


Central nuclear de Bushehr, no Irã. (Foto: AFP/2021/Behrouz Mehri)

 Em seu livro, Frantzman leva o leitor a observar que a nova tecnologia em rápida expansão pode ser usada para atingir usinas nucleares e isso representaria uma ameaça aos aeroportos civis. 

Só em 2020, já havia mais de 20 mil drones militares em uso. Além disso, ele aponta que há drones sendo construídos na Turquia, China, Rússia e países menores como Taiwan. “As guerras futuras serão travadas com drones e vencidas por quem possuir a tecnologia mais sofisticada”, cita em seu livro.

“Somente uma posição firme da comunidade internacional, apoiada por decisões e ações, pode conseguir uma mudança de rumo para o regime de Teerã”, concluiu Bennet.

O acordo de 2015 exigia que o Irã reduzisse drasticamente seu programa nuclear em troca do levantamento das sanções, mas os Estados Unidos saíram unilateralmente do pacto em 2018 e, desde então, Teerã começou a violá-lo.

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