A Federação Internacional de Judô (IJF) suspendeu por 10 anos o judoca argelino Fethi Nourine e seu técnico, Ammar Benkhalaf, após o atleta se recusar a competir contra um judoca israelense nos Jogos Olímpicos de Tóquio.
Nourine e o técnico estão proibidos de participar de atividades ou competições. A decisão entra em vigor a partir de 23 de julho do ano que vem e eles têm 21 dias para apelar, conforme o Middle East Monitor.
O judoca da Argélia desistiu das Olimpíadas de Tóquio para evitar lutar contra o israelense Tohar Butbul. Nourine estava escalado para lutar contra Mohamed Abdalrasool, do Sudão, na categoria de 73 quilos. Caso ele vencesse, competiria contra Tohar na próxima rodada.
Para evitar um possível confronto, o argelino se recusou a competir já na primeira rodada. Na época, Nourine afirmou que tomou a decisão, apoiada pelo seu treinador, para “apoiar a causa palestina”.
Logo depois da desistência, a Federação Internacional de Judô suspendeu temporiamente Nourine e Benkhalaf. E o Comitê Olímpico da Argélia retirou o credenciamento de ambos e os mandou para casa.
Comentando sobre sua suspensão de 10 anos, Fethi Nourine afirmou que não se arrepende de sua decisão em Tóquio.
“É uma punição severa, mas era esperada e isso prova que eles apóiam o terrorismo sionista contra nosso povo em Gaza. Eles são cúmplices dos crimes da ocupação. Não cometi nenhuma violação; minha retirada foi simplesmente um ato de solidariedade com os palestinos”, declarou o argelino à Agência de Notícias Tasnim.
Nourine também abandonou o Campeonato Mundial de Judô de 2019, em Tóquio, para não enfrentar um atleta israelense.
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