Por conta do mês sagrado do Ramadã e das celebrações de Páscoa dos judeus, acontecendo ao mesmo tempo, neste ano, houve grande agitação em Jerusalém.
Conforme notícias da AP News, é a segunda noite consecutiva de relatos de violência na região. Na quarta-feira (5) palestinos se protegeram dentro da Mesquita Al-Aqsa, no complexo da Cidade Velha e a polícia israelense usou força para remover dezenas de fiéis.
Militantes palestinos na Faixa de Gaza renovaram seus disparos de foguetes contra Israel, aumentando o temor de uma conturbação social mais ampla. O Crescente Vermelho Palestino informou que mais de 50 pessoas ficaram feridas nos últimos conflitos.
As autoridades islâmicas do Waqf, que administram o complexo, disseram que a polícia disparou granadas de efeito moral e balas de borracha para dispersar a multidão.
1/9 The Israel Police arrested and removed over 350 individuals that violently barricaded themselves in the Temple Mount, including masked individuals, stone and firework hurlers/throwers, and individuals suspected of desecrating the mosque pic.twitter.com/XT6sXHNBVt
— Israel Police (@israelpolice) April 5, 2023
‘Granadas, pedras e fogos de artifício’
De acordo com a polícia israelense “dezenas de jovens infratores da lei” fomentaram o caos, jogando pedras e outros objetos contra os policiais e obrigando a polícia a agir para restaurar “a segurança, a lei e a ordem”.
Mais palestinos se reuniram na mesquita para orar dentro dela durante a noite. Em uma das entradas da mesquita, policiais podiam ser vistos escoltando dezenas de palestinos para fora do complexo.
Muitos novos confrontos aconteceram a poucos metros de distância. No início da quarta-feira, a polícia israelense invadiu a Mesquita de Al-Aqsa, disparando granadas de efeito moral contra palestinos que atiravam pedras e fogos de artifício em uma explosão de violência durante um feriado importante.
Militantes palestinos em Gaza responderam com disparos de foguetes contra o sul de Israel, provocando repetidos ataques aéreos israelenses. A violência voltou a acontecer à noite, quando militantes palestinos dispararam mais dois foguetes de Gaza, um caindo dentro de Gaza e o outro perto da cerca de segurança que separa Gaza de Israel, conforme os militares israelenses. Não houve relatos de vítimas, neste caso.
Lugar sagrado para muçulmanos, judeus e cristãos
A mesquita fica no topo de uma colina sagrada para judeus e muçulmanos, e reivindicações conflitantes sobre ela já se transformaram em violência antes, incluindo uma sangrenta guerra de 11 dias entre Israel e o Hamas, o grupo militante islâmico que governa Gaza.
Al-Aqsa é o terceiro local mais sagrado do Islã e fica em um local conhecido pelos judeus como Monte do Templo, que é o local mais sagrado do judaísmo.
Grupos militantes palestinos alertaram que mais confrontos estão por vir e que a Autoridade Palestina está em contato com a liderança do Egito, Jordânia, Estados Unidos e das Nações Unidas para acalmar a situação.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que o país está trabalhando para “acalmar as tensões” no local sagrado.
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