Uma reconstituição do sacrifício anual do cordeiro pascal para o próximo festival da 'Pessach' (aniversário do Êxodo dos hebreus, no Antigo Testamento) aconteceu pela primeira vez dentro das muralhas da Cidade Velha de Jerusalém, em milhares de anos, na última quinta-feira (6).
Como nos anos anteriores, rabinos e centenas de outros judeus participaram da cerimônia.
O evento foi organizado por ativistas do Monte do Templo e supervisionado pela polícia e pelo serviço veterinário estadual. Aproximadamente 200 homens, mulheres e crianças participaram do evento, incluindo Yehuda Glick - rabino israelense, conhecido por lutar para garantir o acesso dos judeus ao Monte do Templo.
Os cordeiros foram sacrificado na praça principal do bairro judeu, ao lado da Sinagoga Hurva.
Seguindo os ritos antigos, após a morte dos cordeiros, seu sangue foi aspergido em um altar modelo, erguido temporariamente para o evento. Os animais foram então esfolados, assados e comidos pelos participantes.
Sacerdotes judaicos, usando roupas feitas especialmente de branco, tocaram trombetas de prata e cantaram salmos, enquanto o ritual estava acontecendo. Eles também recitaram a bênção bíblica sacerdotal.
O grupo disse que vai realizar um sacrifício real na segunda-feira, um dia antes do feriado da Páscoa, a fim de cumprir um mandamento religioso. No entanto, é improvável que a polícia lhes permita fazê-lo.
Por mais de uma década, o grupo realizou uma reconstituição do sacrifício de Páscoa, fora da Cidade Velha.
Todos os anos os ativistas pedem permissão para fazê-lo dentro ou perto do Monte do Templo, onde os rituais eram realizados nos tempos bíblicos. Mas em todas as ocasiões eles tiveram seu pedido negado pela polícia e pelos tribunais, que dizem que estas cerimônias poderiam causar agitação se realizadas naquela área, que atualmente é um dos locais de maior conflito entre Israel e Palestina.
Profecias
A volta da relização dos sacrifícios na Cidade Velha após milhares de anos, acontecendo em paralelo com os bombardeios na Síria tem um forte significado bíblico, segundo diversos pastores e outros estudiosos das Escrituras.
Para o pastor e colunista do Portal Guiame, Bruno dos Santos, esta convergência de fatos tem forte relação com profecias bíblicas.
"Por meio do Irã, existe uma aliança hoje entre Rússia e Síria. Essa aliança político militar possui um respaldo nas profecias escatológicas nos dando margem para um alinhamento profético de fatos específicos. A destruição da Síria e de sua cidade mais famosa Damasco sempre esteve revelado nas Escrituras Sagradas conforme o Profeta Isaias anunciou: 'Damasco deixará de ser cidade; e se tornará um monte de ruínas. (Isaias 17:1)", explicou em uma publicação no seu perfil do Facebook.
Pastor Bruno também destacou que os acontecimentos em torno da Síria estão se desenrolando em uma dinâmica global e citou a passagem de Jeremias 49:22-27, que diz: "Vejam! Uma águia, subindo e planando, estende as asas sobre Bozra. Naquele dia, a coragem dos guerreiros de Edom será como a de uma mulher dando à luz. Acerca de Damasco: 'Hamate e Arpade estão atônitas, pois ouviram más notícias. Estão desencorajadas, perturbadas como o mar agitado. Damasco tornou-se frágil, ela se virou para fugir, e o pânico tomou conta dela; angústia e dor dela se apoderaram, dor como a de uma mulher em trabalho de parto. Como está abandonada a cidade famosa, a cidade da alegria! Por isso, os seus jovens cairão nas ruas e todos os seus guerreiros se calarão naquele dia', declara o Senhor dos exércitos. 'Porei fogo nas muralhas de Damasco, que consumirá as fortalezas de Ben-Hadade".
"Este versículo contempla muitas coisas: A 'Águia' é o simbolo do orgulho americano. 'Bosra' é uma cidade ao Sul da Síria. 'Hamate e Arpade' cidades sírias onde ocorreram os ataques desta semana. 'Damasco... em dores de parto...' Uma alusão à algo que está nascendo: Seria a Terceira Guerra Mundial? O termo: 'Os seus jovens cairão nas ruas...' O ataque de gás sarin que matou crianças e a ênfase do presidente americano sobre os pequenos asfixiados caindo nas ruas. E a expressão: 'Porei Fogo nas muralhas...' é uma clara alusão ao ataque de mísseis de destruição à Siria", interprettou o pastor.
Estabelecendo uma relação entre o retorno do sacrifício à Cidade Velha de Israel e os acontencimentos na Síria, Bruno dos Santos explicou que a Terra Santa é um tipo de "relógio profético".
"Enfim podemos concluir que estamos próximos da guerra de Gog e Magogue? Podemos entender que alinhamentos proféticos estão se desenrolando? Sim, porém não basta apenas olhar para o mundo. O nosso relógio profético é Israel e vejam o que vai acontecer lá na páscoa de 2017. Aliás sempre perto das páscoas do últimos anos, coisas proféticas sem precedentes estão acontecendo", finalizou.
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