Soldado cristão messiânico de Israel morre em batalha: ‘Combateu o bom combate’

O 1º sargento Aviel Wiseman, um crente messiânico judeu de quarta geração, estava entre os cinco soldados das IDF (Forças de Defesa de Israel) mortos no colapso de um prédio em Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, em 13 de janeiro de 2025.

Em seu funeral, no cemitério Poriya Ilit, seu pai Mordechai Wiseman elogiou a forte fé de Aviel, suas habilidades técnicas e sua dedicação em fazer o que era certo.

Ele também incentivou outros a buscarem a retidão e a integridade.

"Não comprometa a verdade, busque a retidão... invista no que é certo com integridade e confiança. Faça isso e você será uma bênção para todos ao seu redor."

Mordechai também falou sobre a responsabilidade que os jovens, como Aviel, precisaram encarar após o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel.

‘Esmagado na juventude’

Ainda no funeral de Aviel, que servia na unidade de reconhecimento da Brigada Naha, Mordechai disse, como se falasse diretamente ao filho:

“Aviel, seus companheiros defensores uniformizados de Israel vieram para saudá-lo. Eles, como você, são os melhores, mais frescos, mais fortes e mais disciplinados jovens cidadãos desta nação improvável de ser ressuscitada. Eles, como você, são confiados com armas mortais que agora estão casualmente penduradas em seus ombros”.

E continua: “Viemos de perto e de longe. Judeus e árabes. Locais e internacionais. Estamos de pé como um, em tristeza e em gratidão indizível, para honrar a família Wiseman, para chorar com eles.”

O homem disse que se pudesse trocaria de lugar com o filho, agora morto:

“Aos 77, eu me pego desejando poder trocar minha vida pela sua. Eu vivi uma coleção completa de anos. Você foi esmagado na flor da juventude”. 

Servir Israel

A história familiar de Aviel foi lembrada no funeral. O jovem era parte da quarta geração a servir nas IDF, como um serviço altruísta a Am Yisrael.

Seu pai lembrou que tudo começou com o bisavô de Aviel, Eliezer, que escapou da Polônia logo após a invasão nazista em 1939. Ele passou pelo Exército Soviético, sendo forçado a servir para sobreviver. Finalmente, foi recrutado como um imigrante para a primeira guerra do moderno Estado de Israel (1948-49).

“Contra todas as probabilidades, e enquanto as brasas dos fornos da Europa ainda ardiam, o Todo-Poderoso nos tirou de nossos túmulos para lutar e viver novamente”, disse Mordechai.

“Mas o fato de estarmos aqui, enterrando vocês, é o resultado de muitos, muitos jovens corajosos, homens e mulheres, doando suas vidas ao longo de décadas, séculos e milênios. O fato brutal é que sem sua disposição de morrer por todos nós, não haveria Israel restabelecido”, afirmou.

‘Deus reconstituiu essa nação’

Mordechai disse ainda que “acreditamos que Deus soberanamente reconstituiu esta nação”.

“Ele nos trouxe de volta de todas as terras para as quais fomos banidos. No entanto, sem o elemento humano do sacrifício, não teríamos pátria”.

Mordechai lembrou que essa situação também foi verdade na geração de Moisés, e citou Êxodo 3:9,10:

“Agora, pois, eis que o clamor dos filhos de Israel chegou a Mim, e também tenho visto a opressão com que os egípcios os oprimem. Vem agora, pois, e Eu te enviarei a Faraó, para que tires o Meu povo, os filhos de Israel, do Egito”

“Como podemos glorificar a Deus em uma tristeza tão profunda? No entanto, é o que fazemos como filhos de Abraão, Isaque e Jacó. ‘Yitgadal v'yitkadash shmei rabbah ("Exaltado e santificado seja o Seu grande nome, em hebraico).”

E finaliza cintando palavras do apóstolo Paulo: “Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. Finalmente, está guardada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, o justo Juiz, me dará naquele Dia, e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a Sua vinda.”