Centenas de israelenses, incluindo soldados das Forças de Defesa de Israel, dançaram com um rolo da Torá no local do massacre de 7 de outubro de 2023, segundo o Jewish News Syndicate.
Na terça-feira (14), os participantes se reuniram no local onde aconteceu o festival de música Supernova, no deserto perto da Faixa de Gaza, para celebrar o Simchat Torá.
O Simchat Torá (Alegria da Torá) ocorre no oitavo dia após Sucot e é uma das festas mais alegres do calendário judaico, onde os judeus cantam e dançam com os rolos da Torá. O feriado celebra a conclusão e o início do ciclo anual de leituras públicas do livro sagrado do judaísmo.
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O evento de celebração ocorreu um dia depois da libertação dos 20 reféns israelenses restantes pelo grupo terrorista Hamas, após um acordo de paz ser assinado.
O povo israelense dançou com um rolo da Torá cantando a canção “A Nação de Israel vive”, em uma demonstração de resiliência e fé.
IDF soldiers also arrived at the location of the Nova party to dance with the people of Israel.💚
— Eli Afriat 🇮🇱🎗 (@EliAfriatISR) October 14, 2025
Am Yisrael Chai.🇮🇱 pic.twitter.com/ssp6nqrf6b
O local do massacre foi transformado por Israel em uma grande área memorial. Na semana passada, famílias que perderam seus entes queridos no ataque do Hamas lotaram o local, para marcar o segundo aniversário do atentado terrorista.
Na cidade de Sderot, no sul de Israel, outras dezenas de pessoas também comemoraram o feriado de Simchat Torá em uma delegacia de polícia destruída, onde cerca de 20 policiais morreram lutando contra terroristas do Hamas no ataque de 7 de outubro.
Celebrations at the site of the Sderot police station, 2 years after Hamas terrorists massacred 20 police officers there. pic.twitter.com/DOTZllQihV
— Amit Segal (@AmitSegal) October 14, 2025
Acordo de paz
Na segunda-feira (13), os últimos 20 reféns israelenses vivos mantidos pelo grupo Hamas foram libertados.
Eles faziam parte do grupo de 251 pessoas sequestradas em 7 de outubro de 2023, durante o ataque do Hamas a Israel, que resultou na morte de aproximadamente 1.200 pessoas.
O retorno dos reféns encerra um dos capítulos mais dolorosos da guerra entre Israel e Hamas, iniciada há dois anos.
A libertação, parte da primeira fase do acordo de paz mediado pelos EUA, marca o início de uma nova etapa nas relações entre Israel e Palestina.
Em troca, Israel iniciou a libertação de cerca de 2.000 prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua.
O plano de paz, apresentado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, e negociado com mediação de Egito, Catar e Turquia, prevê ainda o cessar-fogo permanente, o recuo das tropas israelenses para linhas previamente acordadas dentro da Faixa de Gaza, e a criação de um conselho internacional para discutir o futuro governo do território palestino.
Reféns mortos
Durante o período de cativeiro, 28 reféns foram confirmados como mortos. A entrega dos corpos está ocorrendo em etapas: apenas quatro foram devolvidos até agora, o que gerou forte indignação entre familiares e organizações como o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas.
A devolução dos corpos é uma das cláusulas mais sensíveis do acordo de paz, e ainda não há prazo definido para que todos os restos mortais sejam entregues.
Israel, por sua vez, condicionou parte da reconstrução de Gaza à devolução completa dos corpos.
O Hamas alegou não saber a localização de todos os corpos, e uma força-tarefa internacional, com participação da Turquia, Catar, Egito, EUA e Israel, foi criada para ajudar na busca e identificação dos restos mortais.
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