O exército israelense (IDF) informou que, durante o fim de semana do Yom Kippur, que começou na sexta-feira (11) por volta das 18h [horário local], o Hezbollah disparou aproximadamente 320 projéteis, incluindo foguetes, morteiros e drones.
Os ataques terroristas saíram do Líbano em direção a Israel no dia mais sagrado do calendário judaico.
The IDF says two drones were launched from Lebanon. Air defenses intercepted one of them. The army is investigating whether it was a drone or interceptor fragment that hit the nursing home. https://t.co/WTeaXNDUaw pic.twitter.com/7S3RUJAbVG
— Ariel Oseran (@ariel_oseran) October 11, 2024
Yom Kipur, também conhecido como o “Dia da Expiação” ou “Dia do Perdão”, é reverenciado como o mais sagrado dos feriados na tradição judaica.
“Isso deve lhe dizer tudo o que você precisa saber sobre nossos inimigos”, disse a IDF.
Na véspera do Yom Kippur, dois drones provenientes do centro do Líbano adentraram o espaço aéreo israelense, e um deles atingiu um lar para idosos em Herzliya.
Além disso, no sábado (12), foram disparados dois foguetes do norte de Gaza, que caíram em Ashkelon.
Na Galileia Ocidental, três pessoas sofreram ferimentos leves devido à força da explosão causada pelo impacto de um foguete nas proximidades.
Segundo autoridades israelenses, três homens sofreram ferimentos leves devido a estilhaços após lançamentos de foguetes vindos do Líbano, cuja responsabilidade foi assumida pelo Hezbollah.
Os homens, com idades de 48, 30 e 27 anos, ficaram feridos na cidade de Jadeida-Machar.
Idosos e sobreviventes do Holocausto
Isaac Herzog, o presidente israelense, declarou que “os últimos alvos do Hezbollah foram idosos judeus e sobreviventes do Holocausto em um asilo”.
“Durante o Yom Kippur, o dia mais sagrado do calendário judaico, terroristas do Hezbollah, apoiados pelo Irã, no Líbano, dispararam um drone que atingiu o Asilo Beit Juliana em Herzliya – nomeado em homenagem à falecida rainha da Holanda, avó de Sua Majestade o Rei Willem-Alexander – e cujos residentes incluem sobreviventes do Holocausto que vieram para Israel da Holanda”, afirmou Herzog.
“Um símbolo de dignidade e resiliência, o lar e seus residentes – que, felizmente, estavam no abrigo seguro durante o ataque – cobriram o buraco e os danos causados pelo drone com uma bandeira israelense”, acrescentou o presidente israelense.
“O que os Estados Unidos fariam se o Canadá ou o México fizessem o mesmo durante o Natal ou a Páscoa?”, escreveu o StopAntisemitism.
Repercussões na mídia ignoram ‘dia sagrado’
A Associated Press, que frequentemente menciona quais são os dias mais sagrados do calendário islâmico, não informou que o Yom Kippur é o dia mais sagrado do judaísmo, escreveu o site judeu JNS.
A agência de notícias destacou “um bombardeio de foguetes disparados pelo Hezbollah contra Israel na noite de sexta-feira e no sábado, comemorado em Israel como Yom Kippur, ou o Dia da Expiação dos Judeus.”
“O exército afirma que alguns dos aproximadamente 320 projéteis foram interceptados e nenhum ferido foi reportado”, informou a AP.
A Reuters não mencionou que o ataque ocorreu no Yom Kippur, muito menos que este é o dia mais sagrado do judaísmo. Também não descreveu o Hamas ou o Hezbollah como grupos terroristas em sua cobertura.
O New York Times também não observou em sua cobertura que sábado era Yom Kippur, nem que este é o dia mais sagrado dos judeus. O jornal reportou que o Ramadã é o mês mais sagrado para os muçulmanos ao discutir as ações de policiais israelenses.
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