Maryam, uma viúva cristã perseguida, se tornou escrava em uma fábrica de tijolos no Paquistão após a morte do marido.
Depois que o esposo contraiu uma doença grave, o casal precisava de dinheiro para cuidados médicos. Então, eles pediram um empréstimo na indústria de olarias — uma decisão que, sem saber, os prenderia em trabalho escravo por 20 anos.
"Nós concordamos com o empréstimo, acreditando que pagaríamos nossa dívida nas olarias por um ano e então poderíamos voltar para nossas casas", disse Maryam à Global Christian Relief.
No entanto, as altas taxas de juros e os salários penhorados tornaram impossível pagar o empréstimo.
Desde que seu marido faleceu, Maryam precisa sustentar sozinha suas três filhas e um filho adolescente.
As crianças foram criadas em olarias, e conforme cresciam, abandonaram a escola para ajudar os pais na fabricação de tijolos.
Sua filha Shazia, de 12 anos, agora faz centenas de tijolos por dia: “É assim que ganhamos a vida”.
Viúva perseguida
Em julho de 2023, seu marido faleceu de complicações de asma após anos respirando poeira e lama.
A perda a deixou vulnerável ao assédio e abuso dos proprietários dos fornos no país.
“Há um perigo aqui: muitas meninas e mulheres são abusadas sexualmente — e não ter um pai presente para proteção torna o risco ainda maior para Maryam e suas filhas”, informou a Global Christian Relief.
Maryam explicou: "Agora tenho que depender do meu filho para viver e para proteção. As meninas têm que vir comigo para o trabalho. É a única maneira de manter minhas filhas seguras.
Em meio a esses desafios, a fé de Maryam em Jesus permaneceu inabalável.
Semanalmente, ela e a família participam de cultos em igrejas domésticas com outros cristãos nos fornos de tijolos. Nas reuniões, eles adoram, ouvem as Escrituras e oram juntos.
“Minha confiança em Jesus ajudou a me consolar. Nós confiamos Nele”, disse ela.
Maryam trabalhando no Paquistão. (Foto: Reprodução/Global Christian Relief)
Liberdade através do Corpo de Cristo
Durante a visita de uma equipe da Global Christian Relief, eles pagaram a dívida de Maryam e trouxeram esperança e liberdade para a família.
“Deus ouviu nossas orações”, declarou uma das filhas da viúva.
Maryam não está mais vivendo sob o domínio da escravidão. Agora, ela receberá salários adequados por seu trabalho, e seus filhos poderão correr atrás de seus objetivos.
“Agora podemos economizar um pouco de dinheiro. Poderei economizar e investir para os futuros casamentos de nossas filhas. Nossa saúde também se beneficiará, e isso ajudará nossos filhos. Eles não terão que sacrificar seus sonhos”, disse Maryam.
A organização forneceu ao filho de Maryam uma carroça de frutas e um burro, para que ele possa gerar sua própria renda.
Samha, a filha mais velha de Maryam, espera usar suas habilidades de costura para abrir uma alfaiataria, um sonho que agora está ao seu alcance.
“Quando orávamos antes, pedíamos principalmente a Deus o pão de cada dia e nos sentíamos gratos a Ele por apenas nos alimentar. Costumávamos pedir que fôssemos livres de fazer tijolos. Pedíamos que Deus nos ajudasse a pagar nossos empréstimos para que nossos filhos pudessem ser livres. Agora, Ele nos deu o suficiente. As crianças estão livres e podem ganhar a vida. Somos tão abençoados”, concluiu Maryam.
Segundo a Global Christian Relief, no Paquistão, existem cerca de 20.000 fornos de tijolos onde muitos cristãos são vítimas do trabalho escravo.
Perseguidos e marginalizados, os cristãos minoritários representam menos de 2% da população da nação do sul da Ásia.
Esses crentes constituem uma grande porcentagem dos trabalhadores do forno de tijolos, cujo sistema é feito para prendê-los, e uma vez que uma família aceita um empréstimo, é extremamente difícil para eles pagá-lo. Assim, os empréstimos passam de geração em geração.
O Paquistão ficou em 7º lugar na Lista Mundial da Perseguição da Missão Portas Abertas de 2024 dos lugares mais difíceis para ser cristão.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições