Ásia: Missionários levam Jesus a grupo étnico não alcançado, onde há apenas 100 cristãos

Ross e Dianna Evans relataram como driblam a perseguição local e encontram maneiras para pregar Jesus à população.

Fonte: Guiame, com informações de IMBAtualizado: quinta-feira, 31 de julho de 2025 às 18:24
Mercados na Ásia Central onde Ross e Dianna Evans evangelizam. (Foto: Reprodução/IMB)
Mercados na Ásia Central onde Ross e Dianna Evans evangelizam. (Foto: Reprodução/IMB)

Por mais de três anos, Ross e Dianna Evans, missionários do Conselho de Missões Internacionais (IMB), têm atuado na Ásia Central com o propósito de levar o Evangelho a um grupo étnico não alcançado, onde menos de 2% da população se identifica como seguidora de Jesus.

Embora o Evangelho tenha sido apresentado a algumas pessoas, a comunidade ainda precisa que missionários, como os Evans, cheguem para compartilhar a Bíblia e plantar igrejas. 

No local, a maioria dos homens migra temporariamente para o país onde o casal atua em busca de trabalho, deixando suas famílias para trás por períodos que podem durar até dois anos. 

Essa dinâmica tem aberto portas para Ross, que viu no ambiente profissional uma oportunidade estratégica para pregar Jesus.

"Demorou um pouco para descobrir onde eu poderia encontrá-los", disse Ross ao IMB. Ele destacou que os trajes característicos facilitaram a identificação desses homens que costumam trabalhar em mercados de camelôs e cabras, alfaiatarias, lojas de móveis e restaurantes locais.

Criando conexões locais

Com o passar do tempo, e após se dedicar ao aprendizado do idioma, Ross passou a cultivar amizades e a introduzir conversas sobre a Palavra de Deus

"A religião surge naturalmente nas conversas, e eu tento direcioná-las ao Evangelho", afirmou ele.

Para Dianna, o desafio de evangelizar na região é diferente. O contato com mulheres desse grupo é limitado porque elas costumam estar em casa cuidando da família. Quando tem a oportunidade de visitá-las, as chances de compartilhar o Evangelho aumentam. 

A estrutura familiar é essencial na cultura desse povo. É comum que várias famílias morem sob o mesmo teto, cada uma em poucos cômodos e compartilhando espaços comuns, como a cozinha. Em ocasiões especiais, especialmente durante visitas, é habitual que homens e mulheres se reúnam em ambientes separados.

Foi em uma dessas visitas que os missionários fizeram uma nova amizade. Ao saberem que o pai de uma família local estava hospitalizado, Ross e Dianna decidiram visitá-lo. 

A atitude do casal resultou em convites para refeições e conversas sobre fé. Embora a família seguisse o islamismo, demonstrou abertura para ouvir sobre o cristianismo.

A perseguição local

Apesar de mais de um século de trabalho missionário entre o grupo não alcançado, o estabelecimento de uma igreja continua sendo um objetivo distante. Segundo Ross, existem apenas cerca de 100 cristãos nesse grupo étnico em todo o mundo. 

Muitos vivem com medo de perseguição, que pode ir desde rejeição familiar e perda de emprego até ameaças mais graves, como a morte. Isso tem impedido que esses cristãos se reúnam abertamente como uma comunidade de fé.  

Um dos poucos convertidos é Baba, um idoso de cerca de 70 anos. Fruto do trabalho contínuo de missionários, ele encontrou conforto e força em Jesus.

No entanto, ele ainda teme a perseguição local, o que o impede de professar publicamente sua fé. Os missionários oram para que ele encontre coragem para testemunhar sobre o poder transformador do Evangelho.

*Nomes alterados por segurança. 

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