Bebê deixada para morrer por extremistas islâmicos sobrevive milagrosamente

Atualmente, Ruth vive com a tia e a irmã mais nova, que também é uma das sobreviventes da perseguição aos cristãos, na Nigéria.

Fonte: Guiame, com informações do International Christian ConcernAtualizado: quinta-feira, 3 de agosto de 2023 às 13:42
A bebê foi encontrada no frio e na lama por outros sobreviventes. (Foto: Reprodução/International Christian Concern)
A bebê foi encontrada no frio e na lama por outros sobreviventes. (Foto: Reprodução/International Christian Concern)

Uma tragédia no centro-norte da Nigéria destruiu uma família cristã que tentava escapar de extremistas islâmicos. 

Há dois anos, a cristã Hannatu e outros aldeões fugiram de militantes Fulani armados que os caçavam por sua fé. 

A fuga foi interrompida por chuvas fora de época, então, Hannatu acabou sendo encontrada pelos agressores na margem de um rio. Ela estava acompanhada de sua filha Ruth, de apenas dois meses de idade.

Segundo testemunhas do International Christian Concern (ICC), os militantes exigiam saber a localização dos demais aldeões.

Quando a mãe se recusou a revelar informações aos agressores, eles a mataram. A criança foi deixada na lama para morrer “de forma agonizante no frio”. 

Os extremistas Fulani continuaram a perseguir os crentes e encontram o marido de Hannatu, que também foi morto junto com outros três membros da família.

“É difícil para nós, no Ocidente, compreender os horrores que acontecem regularmente contra os cristãos na Nigéria. As manchetes gritam com o número de cristãos massacrados no último ataque”, disse uma fonte. 

“Os assassinatos são tão frequentes que podemos ficar insensíveis. Após os ataques iniciais, os sobreviventes ficam em estado de choque, suas casas são reduzidas a cinzas e as roupas que vestem são seus únicos pertences”, acrescentou.

Resgate de Ruth

Ruth foi encontrada pelos sobreviventes naquela noite e com a ajuda de apoiadores do ICC, seus cuidadores receberam auxílio emergencial, alimentação, roupas e remédios. 

Hoje, com 2 anos de idade, Ruth recebe cuidados da irmã mais nova, que também sobreviveu ao ataque e da tia. “Ruth está bem e saudável. Vou levá-la para a escola em setembro”, contou a tia.

A criança foi tratada em um hospital local financiado pelo governo, que fechou devido a uma greve de trabalhadores. 

O ICC ajudará a tia a encontrar um atendimento médico particular melhor para Ruth e fornecerá a ela comida, roupas e fundos de emergência.

Ruth não se lembra da tragédia que atingiu sua família. Ela é uma criança alegre e despreocupada que adora ser abraçada. A tia, assim como outras pessoas na aldeia, estão gratas pelo apoio do ICC.

De acordo com o International Christian Concern, a violência de décadas afeta as famílias dos sobreviventes por gerações e deixa para trás mágoa, raiva e desesperança. 

“Desesperados, os cristãos fazem a única coisa que podem: Clamar ao Senhor por sua presença e força, com gritos de dor a um amoroso Pai celestial. E Ele responde e os fortalece, caminhando ao seu lado”, concluiu a fonte.

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