Cerca de 40 agentes comunistas invadem culto e prendem cristãos, na China

A Igreja Reformada da Bíblia já havia sido invadida por agentes comunistas outras duas vezes nos meses anteriores.

Fonte: Guiame, com informações da China AidAtualizado: sexta-feira, 20 de julho de 2018 às 15:56
Agentes uniformizados coletam informações pessoais de cristãos que frequentam a Igreja Reformada da Bíblia em Guangzhou, em 15 de julho de 2018. (Foto: ChinaAid)
Agentes uniformizados coletam informações pessoais de cristãos que frequentam a Igreja Reformada da Bíblia em Guangzhou, em 15 de julho de 2018. (Foto: ChinaAid)

A Igreja Reformada da Bíblia, um local de culto localizado na província de Guangdong, na China, novamente serviu como alvo de uma invasão do governo comunista no domingo. Cerca de 40 funcionários da Administração de Alimentos e Medicamentos, bem como alguns membros da polícia, entraram na igreja a fim de prender e interrogar seus frequentadores.

Autoridades do governo verificaram as identificações das pessoas que estavam na igreja na ocasião. Eles também isolaram a geladeira e restringiram o acesso a um armário que continha utensílios.

O pastor Huang Xiaoning estava entre as pessoas interrogadas pelas autoridades chinesas durante a invasão e detalhou o que aconteceu, durante uma entrevista para a 'China Aid'.

Segundo Huang, o culto realizado em 15 de julho já havia começado quando os oficiais chineses entraram na igreja. A chegada da polícia e dos funcionários do Departamento de Alimentos e Medicamentos o levou a interromper o momento da pregação.

Huang também teve que parar de falar no meio de sua ministração, enquanto funcionários do departamento de assuntos religiosos começaram a interrogá-lo.

O interrogatório durou uma hora, mas depois que Huang foi dispensado pelos funcionários, ele disse que ainda havia cinco ou seis fiéis sendo detidos naquele momento.

Juntamente com a invasão da igreja, os funcionários do governo chinês também entregaram a Huang um "Aviso de Exigência de Retificação", que essencialmente ordenava que a igreja suspendesse suas atividades.

Desgaste

Esta não é a primeira vez que a Igreja Reformada da Bíblia é "visitada" por agentes do governo chinês. Autoridades chinesas também invadiram a igreja outras duas vezes no mês passado.

O primeiro ataque ocorreu em 10 de junho, também num domingo. Os funcionários interromperam um culto e prenderam pessoas que estavam presentes.

Menos de duas semanas depois, funcionários do departamento de assuntos religiosos municipais e do subdistrito voltaram a atacar a Igreja Reformada da Bíblia para servir a Huang como um aviso de punição, informou a China Aid.

O aviso dizia que a igreja havia recebido uma multa de US $ 7.400 (50.000 Yuan) por conduzir atividades religiosas.

Huang está lutando contra a multa e exigindo uma audiência. Ele também disse que não tem medo de ir contra o governo. "Eu nunca temi a prisão, já que eu nunca tive medo da morte", declarou.

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