China fecha principal igreja subterrânea do país, em onda de perseguição

Uma das igrejas clandestinas mais importantes do sul da China foi invadida por cerca de 60 oficiais do governo.

Fonte: Guiame, com informações do South China Morning PostAtualizado: terça-feira, 18 de dezembro de 2018 às 14:53
A Igreja Rongguili foi fundada na década de 1970 pelo falecido pastor Samuel Lamb Xiangao. (Foto: Divulgação)
A Igreja Rongguili foi fundada na década de 1970 pelo falecido pastor Samuel Lamb Xiangao. (Foto: Divulgação)

Mais de 60 oficiais invadiram uma aula de estudo bíblico para crianças no sul da China na manhã de sábado (22) e fecharam uma igrejas domésticas mais importantes do país.

Segundo o jornal South China Morning Post, a Igreja Rongguili em Guangzhou, conhecida como o farol da fé no sul da China, foi invadida por volta das 10h, tornando-se a terceira igreja protestante clandestina a ser fechada pelas autoridades nos últimos meses.

Entre as autoridades estavam policiais e representantes dos departamentos de Educação e Assuntos Religiosos, que confiscaram pertences da igreja, incluindo mais de 4 mil livros. Os documentos de identidade dos membros da igreja, incluindo crianças, foram registrados pela polícia e seus celulares foram apreendidos.

A ação do governo chinês ocorre após serem fechadas as igrejas Zion, com 1.500 membros, em Pequim, em setembro, e Early Child Covenant, com 500 membros, em Chengdu, na semana passada.

A Igreja Rongguili, que atrai até 5 mil fiéis por semana, foi fundada em 1978 pelo falecido pastor Samuel Lamb Xiangao, uma das principais figuras do movimento de igrejas domésticas independentes da China nas últimas quatro décadas.


As instalações da Igreja Rongguili em Guangzhou após a invasão de sábado. (Foto: Divulgação)

“Parece que o governo vem alvejando deliberadamente várias igrejas domésticas influentes na China”, disse um membro da igreja doméstica em Pequim à organização International Christian Concern (ICC). “O que poderia estar por trás de sua ação, neste momento em particular, não sabemos, mas Deus sabe. Que seja feita a vontade de Deus”.

Gina Goh, gerente regional da ICC, disse que o governo da China tem reprimido as igrejas domésticas e forçado seus membros a fazerem parte de igrejas sancionadas pelo Estado. “Ao fazer isso, os cristãos são submetidos a doutrinação através da ideologia do Partido Comunista da China. Esta é uma clara violação da liberdade religiosa e deve ser condenada pela comunidade internacional”.

Este conteúdo foi útil para você?

Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia

Siga-nos

Mais do Guiame

O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições