Com aumento do terrorismo, jovens na Somália estão desiludidos com o Islã

Em meio a diversos ataques terroristas os jovens trazem esperança.

Fonte: Guiame, com informações do Voice of the MartyrsAtualizado: sexta-feira, 3 de fevereiro de 2023 às 12:12
Forças da paz da região de Burundi. (Foto: US Army Africa/Wikimedia Commons)
Forças da paz da região de Burundi. (Foto: US Army Africa/Wikimedia Commons)

A Somália é uma nação de maioria muçulmana, onde a Constituição do país declara que o islamismo é a religião do Estado. Líderes de escolas islâmicas declaram publicamente que não há espaço para o cristianismo no país, entre esses líderes, estão o grupo islâmico Al-Shabaab, que vem promovendo de forma consistente uma ideologia anticristã.

Segundo a missão Portas Abertas, o Al-Shabaab é aliado do grupo terrorista Al-Qaeda e foi expulso da maioria das cidades principais que controlava. No entanto, permanecem uma poderosa ameaça por lutar contra o governo na Somália, que é apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU). 

Há diversos relatos que o Al-Shabaab poderia ter se unido a outros grupos militantes da África, como o Boko Haram, da Nigéria.

O grupo realizou uma série de ataques pela região e foi declarado como terrorista pelos Estados Unidos e Reino Unido. Com isso, jovens que poderiam ser possíveis recrutas, estão desinteressados pela cultura do Islã.

Ataques terroristas 

 

De acordo com a organização Voice of the Martyrs, Al-Shabaab realizou diversos massacres no Quênia próximo à fronteira com a Somália, incluindo o de 2015 na Universidade de Garissa. Um total de 148 pessoas morreram quando homens armados invadiram a universidade e alvejaram estudantes cristãos. 

Dois anos antes, homens armados invadiram o shopping Westgate, em Nairóbi, capital do Quênia, em um ataque que deixou ao menos 67 pessoas mortas.

Durante a Copa do Mundo de Futebol, em 2010, bombardearam um clube de rúgbi e um restaurante em Uganda, na capital Kampala, matando 74 pessoas que assistiam uma partida. 


Homem terrorista. (Foto: Ilustração/Flickr/Israel Defense Forces)

Em janeiro de 2016, um ataque massivo em uma base militar queniana na cidade de El Adde, na Somália, matou cerca de 180 soldados.

O governo da Somália também culpa o grupo pela morte de ao menos 500 pessoas em um grande bombardeio na capital Mogadíscio, em outubro de 2017. 

No início de 2023, mais de trinta pessoas foram mortas e várias casas foram incendiadas após a explosão de um carro-bomba em um pequeno vilarejo ao norte de Mogadíscio.

Em outubro de 2022, dois carros-bomba explodiram no centro de Mogadíscio, matando cerca de cem pessoas e ferindo mais de 300.

Testemunhas confirmam que em meio aos caos há esperança 

Um trabalhador da linha de frente compartilhou à Voice of the Martyrs: “Esta noite, sobrevivi a uma grande explosão. Sou grato pela proteção de Deus”.

Outro trabalhador da linha de frente relatou: “A notícia encorajadora que estamos ouvindo é que, devido a esses ataques, muitos jovens na Somália estão se desencantando com o Islã”. 

Muitos cristãos preferem manter a fé em segredo e não participam das reuniões nas igrejas por medo. Os trabalhadores pedem oração pelos crentes que crescem em sua fé em meio à violência em andamento.

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