Hoje não é só um feriado, o Dia da Consciência Negra foi instituído para a gente pensar em quando seremos capazes de saldar a dívida dolorida da escravidão e conviver como irmãos, com igualdade.
É óbvio que temos avanços, trilhamos o caminho de evoluir, mas eu não vejo os negros ocupando exatamente o mesmo espaço que os brancos e com a mesma naturalidade.
Quando uma pessoa negra chega a uma posição de poder ou destaque social, esse fato em si já vale uma notícia. É como se essa pessoa ocupasse um espaço que não pertence a ela, como se fosse outra classe de ser humano.
As pessoas negras e pardas são maioria no Brasil, mas não são maioria nos cargos de comando, nas boas escolas, nas boas faculdades, nos melhores hospitais, no reconhecimento público.
A frase mais conhecida do discurso histórico de Martin Luther King, em 1963, é: "Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos pequenos viverão um dia numa nação onde eles não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo seu caráter."
Por enquanto, ainda é um sonho. Mas ter sinceridade para reconhecer o problema é a única forma de buscar a superação.
Por Carlos Bezerra Jr., Pastor, médico e ativista pelos direitos humanos. Discípulo de Jesus disfarçado de deputado estadual. Criador de lei apontada pela ONU como exemplo mundial contra o trabalho escravo e do Programa Mãe Paulistana. Único evangélico avaliado como o melhor parlamentar de São Paulo.
Sua avaliação é importante para entregarmos a melhor notícia
O Guiame utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência acordo com a nossa Politica de privacidade e, ao continuar navegando você concorda com essas condições