Um cristão paquistanês foi ameaçado e psicologicamente torturado por colegas de trabalho muçulmanos em uma tentativa forçada de conversão ao islamismo. Entre as ameaças que recebeu, estava a de morte.
"Eles muitas vezes me chamaram de 'kafir', que significa ‘infiel’, ameaçaram que fariam falsas acusações de blasfêmia se eu recusasse a me converter ao Islã", relatou Patras Hanif, o pai de cinco filhos que foi vítima de abuso, de acordo com a agência de notícias Fides.
Hanif, que trabalhava em um canteiro de obras em Multan, cidade da província de Punjab, contou com a ajuda do advogado cristão Sardar Mushtaq Gill, que vem atuando em um grande número de casos de perseguição no país.
"O extremismo e o ódio motivados simplesmente por uma fé diferente: Isto é o que os cristãos que sofrem. No Paquistão, grupos extremistas islâmicos gostariam de eliminar o cristianismo e as outras religiões", conta Gill.
"Esse extremismo é a causa do êxodo das minorias religiosas no Paquistão. Os líderes políticos e líderes religiosos muçulmanos deveriam desencorajar publicamente essas atitudes e iniciar um programa de harmonia religiosa mais intenso, recordando que todos os cidadãos têm direitos iguais e dignidade", acrescentou o advogado.
Casos de perseguição
Houveram vários casos de violência e assassinatos cometidos por grupos islâmicos contra os cristãos no país ao longo dos últimos meses. No início desta semana, o filho de um servo cristão paquistanês relatou os espancamentos brutais que seu pai sofreu nas mãos da polícia na cidade de Gujranwala, tentando levá-lo a confessar um crime que não cometeu. Após a agressão, o homem faleceu.
Outro cristão da cidade de Sialkot Tehsil, em Punjab, foi morto a tiros por homens armados desconhecidos em janeiro, levando os cristãos protestarem nas ruas contra o que está sendo investigado como um "ataque terrorista".
"Uma investigação está em processo e será extremamente rigorosa. Até agora, o motivo do assassinato é desconhecido - isso pode até ter sido um ataque terrorista em pequena escala. A autoridade policial está empenhada em encontrar o assassino e esperamos ter sucesso, uma vez que aconteceu em plena luz do dia", disse o oficial de investigação Mohammed Masood.
Mulheres e meninas também tem sido submetidas ao assédio e a violência, especialmente por homens muçulmanos. No início de janeiro, uma jovem cristã de 17 anos foi morta depois que ela e suas amigas rejeitaram os avanços sexuais de homens muçulmanos bêbados em Lahore, capital do Paquistão.
Após a rejeição os homens muçulmanos se tornaram violentos e atropelaram as meninas. "Como vocês ousam fugir de nós? Meninas cristãs só servem para uma coisa, dar prazer para homens muçulmanos", teria dito um dos criminosos.
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