Com o avanço do grupo terrorista Estado Islâmico sobre a cidade de Sadad, na Síria, centenas de cristãos e muçulmanos se organizaram a fim de lutar para defendê-la.
As ofensivas dos militantes do EI começaram no dia 31 de outubro, depois de tomarem a cidade de Maheen, localizada a apenas seis quiltômetros de Sadad. Ela é considerada uma cidade estratégica por estar localizada entre Homs e Damasco, capital da Síria.
Há dois anos Sadad foi invadida pelo EI, mas recapturada pelo exército sírio. Durante o embate, cerca de 50 cristãos foram massacrados, e os sobreviventes, com medo, fugiram. A população da cidade passou de 15 mil para apenas dois mil nos últimos meses.
Mor Ignatius Aphrem Karim II, patriarca da Igreja Ortodoxa Síria, confirmou que Sadad está sob o cerco do EI, em entrevista à revista Newsweek. No entanto, diante dos novos ataques, pelo menos 200 militantes cristãos juntaram-se aos muçulmanos da Síria para combater o grupo terrorista.
"Eles estão avançando em direção a Sadad, mas não conseguiram entrar", relata Karim. "Os jovens em Sadad, com a ajuda de alguns grupos armados, conseguiram lutar e empurrar os militantes de volta por onde começaram. Eles são ajudados por alguns grupos vindos de diferentes partes da Síria também."
Karim conta que é encorajador ver jovens sírios determinados em defender sua pátria, que é rica na história cristã. "Vê-los prontos para lutar e se sacrificar por sua terra, eu acho isso muito significativo, fico muito orgulhoso deles", disse o patriarca. "É melhor que ficar em nossa pátria. Se morrermos aqui, estamos defendendo a nossa pátria e não estamos tentando fugir."
Falando anonimamente, um dos lutadores cristãos que está em Sadad disse à Newsweek que pessoas de toda a Síria chegaram para lutar contra o EI. "É um lugar simbólico para nós, e não vamos deixar que ele caia novamente", disse ele.
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