Oito cristãos foram presos no final de abril depois de serem falsamente acusados de realizar um culto em violação às restrições da Índia ao Covid-19. Segundo o Morning Star News, na verdade eles estavam reunidos na igreja para preparar pacotes de ajuda para pessoas pobres afetadas pela pandemia.
Em 25 de abril, o pastor Ramesh Kumar, 32 anos, e sete outros cristãos se reuniram em sua igreja na aldeia de Kakrahia, localizada no estado indiano de Uttar Pradesh, para preparar pacotes de ajuda para pessoas nômades afetadas pela pandemia do Covid-19.
O Morning Star News relata que a polícia foi chamada à igreja para prender os cristãos depois que eles foram falsamente acusados de realizar uma reunião de culto.
Segundo o pastor Kumar, a polícia não os deixou falar com o chefe da vila de Kakrahia, que foi informado sobre a pequena reunião e seu objetivo de preparar a ajuda. De acordo com o Morning Star News, os cristãos estavam respondendo a uma chamada à ação do primeiro-ministro da Índia, que pediu às pessoas que ajudassem a sentir os pobres durante o bloqueio do Covid-19.
"Antes de nos deterem, os policiais usavam linguagem vulgar e espancavam Rajendra e Rakesh", disse o pastor Kumar ao Morning Star News. "Rakesh sofreu uma lesão na mão e desenvolveu inchaço por causa do espancamento."
Os cristãos foram levados para a delegacia de Sarai Akil, onde foram interrogados. Segundo o Morning Star News, a polícia perguntou aos cristãos sobre o financiamento estrangeiro, que eles alegavam estar sendo usados para converter hindus ao cristianismo à força. A polícia passou a ameaçar os cristãos com mais espancamentos se eles não cooperassem.
A polícia continuou a interrogar os oito cristãos até que o chefe da vila de Kakrahia, chamado Kallu, chegou e confirmou que os cristãos estavam preparando pacotes de ajuda.
"Eu disse à delegacia que Ramesh e os outros não estavam socializando, mas estavam lá para embalar pacotes de ajuda para distribuir à comunidade nômade", disse Kallu ao Morning Star News. A polícia finalmente libertou os oito cristãos depois que Kallu assinou uma declaração atestando a inocência dos cristãos.
Segundo o Morning Star News, informações falsas sobre a prisão foram divulgadas por um jornal local. O relatório afirmava falsamente que os cristãos continuavam a se reunir para adoração, violando as restrições do bloqueio. O relatório continuou afirmando que a polícia só prendeu oito homens quando revistaram a igreja e centenas de outros escaparam.
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