Um líder da Igreja Batista do Sul da Geórgia disse que os cristãos têm o "dever bíblico" de ajudar os refugiados sírios que migram para os Estados Unidos, apesar dos temores e preocupações relacionados às possibilidades de terrorismo.
Bryant Wright, pastor sênior da Igreja Batista Johnson Ferry, no subúrbio de Atlanta, com 8.000 membros, revelou que sua igreja está ajudando uma família de refugiados muçulmanos sírios a se reassentar na Geórgia. A iniciativa de Wright tem se mantido, apesar do governador republicano Nathan Deal emitir uma ordem executiva em novembro de bloqueio aos órgãos estaduais de assistência na reinstalação de refugiados sírios.
"Sabemos que há riscos", disse Wright, de acordo com a Fox News. "Mas, como cristãos, somos chamados a viver pela fé contra o medo".
O pastor acrescentou que sua igreja também está ajudando grupos de refugiados, fornecendo a estes, roupas, comida e abrigo.
Enquanto vários candidatos presidenciais do Partido Republicano, como o Dr. Ben Carson, e governadores como Deal disseram que é muito perigoso para os Estados Unidos ser uma nação "acolhedora de refugiados" à luz das preocupações sobre terrorismo, Wright insistiu que os cristãos têm uma responsabilidade diferente nesta questão.
"Eu reconheço que seu chamado como o governador é para zelar também pela segurança dos cidadãos, para administrar a justiça, para punir o mal", disse Wright sobre Nathan Deal.
"Ele tem um papel diferente na área da governança. Mas a nossa vocação como cristãos é estender a mão ao próximo - quem quer que seja, de todo o mundo. Assim como Jesus ensina na história do Bom Samaritano".
Uma série de outros líderes evangélicos americanos também pediram ao Congresso para mostrar compaixão para com refugiados sírios, prometendo que suas igrejas estão prontas para ajudar com tudo o que puderem.
"Nossa fé nos inspira a responder com compaixão e hospitalidade àqueles que fogem da violência e perseguição", disse uma carta de um grupo de líderes evangélicos publicada neste mês de dezembro. "O próprio Jesus era um refugiado e Ele nos ensina a fazer aos outros o que gostaríamos que fizessem a nós. A compaixão não está em conflito com a segurança nacional".
"O programa de reassentamento de refugiados dos EUA incorporou ambos os valores e continua a ser uma ferramenta humanitária valiosa que deve ser apoiada. Nossa nação tem uma história rica como um farol de liberdade e esperança. Por favor, ajude-nos enquanto nós escrevemos o próximo capítulo dessa história", acrescentou a carta, que foi publicado pela Mesa de Imigração Evangélica.
Ainda assim, outros proeminentes líderes evangélicos, como o reverendo Franklin Graham, disseram que a ameaça terrorista é muito alta para ser ignorada pelos americanos.
Na sequência dos ataques terroristas em Paris, em novembro, que deixaram 130 pessoas mortas, Graham avisou que a imigração muçulmana descontrolada para os EUA poderia levar a um ataque similar no território norte-americano.
"Eu já disse isso antes, e muitas pessoas me criticaram por dizer isso. Temos de reformar as nossas políticas de imigração nos Estados Unidos. Não podemos permitir que os imigrantes muçulmanos venham através de nossas fronteiras sem verificação, enquanto estamos lutando esta guerra contra o terror. Se nós continuarmos a permitir a imigração muçulmana, vamos ver muito mais do que aconteceu em Paris - isto está à nossa porta", disse Graham na época.
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