Dalit se rende a Jesus em ação de missionários brasileiros: “Me deram vida em Cristo”

Sarita Bundge foi resgatada de um cenário de tristeza para viver uma vida abençoada. Ela é fruto do Projeto Índia, uma iniciativa do ministério de louvor Diante do Trono, que desde o primeiro CD (1998), reveste lucros para a obra missionária.

O testemunho de Sarita impactou a vida dos que estavam presentes no Congresso de Adoração, Intercessão e Missão Diante do Trono, em Belo Horizonte. O Guiame esteve presente no evento e conferiu a história da garota.

“Estar aqui é uma prova de que nós todos somos escolhidos por Deus. Eu fui para o Projeto Índia quando eu tinha 13 anos e o Senhor quer que a gente se alegre e se regozije. Mas como fazer isso quando a nossa família está quebrada?”, questionou.

“Como alguém pode se alegrar sem saber o que significa ser amado? Fui rejeitada simplesmente porque a minha mãe tinha pele escura. Eu vi tantas coisas ao longo da minha vida como a morte do meu pai, a minha mãe entrando em depressão. Na idade onde eu deveria estar brincando e me alegrando, foi uma idade que eu via coisas tão duras que não deixaram eu ter uma infância feliz”, ressaltou.

Uma porta foi aberta

“Eu chamava por Deus, ainda que eu não conhecesse. Mas eu chamava por Deus, eu clamava por Deus. Eu pensava: ‘Será que Deus realmente existe? Será que Ele realmente olha para mim? Será que Ele sabe como eu me sinto?’ E eu falava: ‘Se tu existes, onde estás? Deixe-me Te ver’”, recorda Sarita.

“Houve um dia que eu vi uma mulher abrir uma porta e ela tinha um grande sorriso. Era irmã Imaculada, ela me abraçou, me beijou e eu disse: ‘Deus, ela é tão diferente. Ela não tem preconceito por causa da minha pele’. Quando eu cheguei onde ela me levou eu não sabia onde eu estava”, disse Sarita se referindo a missionária que cuidou das garotas do Projeto Índia.

“Tudo que eu percebi é que havia paz. Eu sentia muita paz e eu vi alguém dizer: ‘Eu nunca te deixarei, jamais te desampararei’. E não foi outro que me disse isso, mas foi o próprio Jesus”, ressaltou.

“Esse projeto não tem a ver com apenas transformar pessoas, mas amar pessoas. Vendo esta pintura, lembro que meu uniforme eram era o mesmo”, disse ela olhando para uma obra de arte que estava sendo pintada durante o congresso por um artista plástico cristão. Na imagem, uma menina segura uma gaiola vazia e pássaros voam livremente ao seu redor.

“Esse projeto é como a casa do Pai, que dá educação, cuidado e amor que essas crianças jamais teriam experimentado. Não são apenas boas roupas, brinquedos, cuidados. Não é apenas comida. É o amor, a oração, a meditação que entrava na minha vida. Eu tomei a decisão e disse: ‘Senhor, eu quero dar o mesmo que eu recebi’. Houve um momento em que Deus abriu uma porta para que eu saísse visse outras realidades do projeto”, pontuou Sarita.

O momento de retribuir

“Eu aprendi dentro do projeto a sair com a minha cabeça erguida, uma mulher firme e com dignidade para outras pessoas ao redor. E chegou o momento em que perdi a minha mãe e foi nessa hora que o Senhor me disse: ‘Chegou o seu momento de ser uma mãe para outros’. Eu não vejo mais o meu passado com rancor, mas eu me alegro e comemoro o que eu sou hoje”, colocou.

“E naquele momento eu encontrei várias amigas com que eu cresci no projeto e comecei a conversar com elas. Hoje eu represento elas que estão formadas, com seus diplomas, trabalhando com dignidade, sem ter que pedir ajuda ou mendigando. Elas estão felizes e casadas, com seus filhos porque o Diante do Trono firmou uma estaca e se posicionou ao nosso favor e não desistiu de nós”, salientou Sarita.

“Sou tão agradecida a Ana Paula, ao Gustavo, Pastor Márcio e a todos que vieram até nós na Índia. A igreja e todos vocês são parte de nossa vida. Lembro de ainda jovem recebendo presentes, cartinhas, orações. Eu sou tão agradecida a todos vocês e louvo a Deus”.

“Muito obrigado por não ter desistido de nós. O meu povo precisa de amor e os brasileiros não me deram apenas um diploma e educação, me deram a vida em Cristo Jesus. Muito obrigado. Eu quero encorajar vocês porque às vezes o povo indiano é muito difícil, mas não desistam de nós”, finalizou.

Confira o testemunho de Sarita Bundge: