"Deus me deu um projeto", diz missionário que ajuda vítimas de prostituição, na Índia

O pastor Adenildo chegou na Índia em 2008 com sua esposa e dois filhos. Ele conta como é difícil ser missionário no país.

Fonte: Guiame, com informações da Rede SuperAtualizado: quarta-feira, 15 de março de 2017 às 19:53
Para que o pastor possa continuar atuando na Índia, ele criou um projeto chamado “Café Missionário”. (Foto: Reprodução).
Para que o pastor possa continuar atuando na Índia, ele criou um projeto chamado “Café Missionário”. (Foto: Reprodução).

A Índia é um lugar difícil para ser missionário. Primeiro, lá não é permitido a entrada de pessoas que desejam fazer missões. Além disso, a perseguição contra os cristãos é muito forte. Mesmo com este cenário, o pastor Adenildo não exitou quando recebeu a confirmação de Deus. Em entrevista para o programa “Os Gideões”, ele conta sua experiência.

“Eu não sabia como a Índia era, um lugar com 33 milhões de deuses. Onde sacrificam animais, existem deusas da prostituição. Crianças vítimas da prostituição infantil. É tudo muito forte naquele lugar e Deus sabia que eu precisava passar por um processo de treinamento”, disse para a pastora Ângela Valadão.

“Então, depois de cinco anos, passamos por esse processo. Chegamos em 2008 com nossos filhos. Tivemos dois filhos, o Mateus em 2003 e a Rafaela em 2005. Chegamos na Índia em 2008 com as crianças, foi um desafio, mas foi bom”, contou.

Tarefa árdua

O pastor ressalta o quanto a Índia é um país fechado. “Não é fácil estar na Índia, por ser um país fechado. Você não entra na Índia como missionário. Ou você entra como estudante, como trabalhador, mesmo sendo enviado de uma companhia multinacional. Porque na Índia não se pode trabalhar, pegar um emprego de um indiano. Ou como um homem de negócio, que vai abrir alguma coisa. Então, é difícil para você entrar”, explicou.

O pastor Adenildo e sua família são exemplos de que vale a pena servir. Na Índia, eles trabalharam durante seis anos em muitas áreas. A primeira delas foi em um orfanato com 50 pessoas, auxiliando com os estudos bíblicos.

Meninas vítimas de prostituição e em situação de risco também foram cuidadas e orientadas pelo casal. O pastor evangelizou em tribos, vilarejos e plantou igrejas. E com tanto mover de Deus, as pessoas sentiram a necessidade de se entregarem a Cristo por completo. Muitos tomaram a decisão de serem batizados.

Café Missionário

Para que o pastor possa continuar atuando na Índia, ele criou um projeto chamado “Café Missionário”. Passamos por oscilações, porque o missionário vive pela fé. Você não vai pro campo missionário empregado, com sua carteira assinada, 13º salário. Tem igrejas que cuidam muito bem dos seus missionários, mas tem igrejas humildes que não conseguem manter um missionário transcultural lá fora”, disse.

“É muito caro. Só pra você ter uma ideia, para eu me manter na Índia com a minha família custa três mil dólares. Isso é só pra se manter. Para chegar, coloca ai uns 10 mil dólares para comprar móveis, um veículo, colocar as crianças na escola, porque na Índia não existe escola pública, só nos interiores, para aqueles que vivem na agricultura”, pontuou o pastor.

“Deus me deu um projeto agora em 2016. No Brasil, eu vi um rapaz vendendo café e uma irmã ficou sabendo que a gente era missionário e nos abençoou com um pacotinho. Agora estamos na igreja levantando recursos por meio do Café Missionário. Os pastores amam, porque todo mundo bebe café e não pesa para a igreja e todo mundo tem que comprar mesmo no supermercado. Então, agora temos parcerias com as igrejas. Mais de 15 compram todo mês o nosso Café Missionário”, contou.

Confira a entrevista na íntegra:

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