No dia 25 de maio é celebrado em todo o mundo o Dia da África, destacando o valor e potência do continente e suas etnias. Olhando para trás, como o cristianismo mudou o curso da história africana?
De acordo com um estudo de 2018 do Seminário Teológico Gordon-Conwell, mais cristãos vivem na África do que em qualquer outro continente, com 631 milhões de cristãos.
De acordo com dados atualizados para 2021, existem agora quase 685 milhões de cristãos na África. “Em 2025, esse número deverá atingir quase o dobro, para algo entre 630 e 700 milhões de crentes”, avalia Michael M. Canaris, professor na Loyola University, em Chicago (EUA).
O Evangelho chegou na África pelo Egito, através de Marcos Evangelista, que foi discípulo do apóstolo Paulo e depois de Pedro. Nos séculos da Igreja Primitiva, os cristãos africanos enfrentaram perseguições, mas o Evangelho continuou se espalhando por todo o continente.
Nos últimos 100 anos, o número de seguidores de religiões tradicionais africanas sofreu uma grande queda e o cristianismo se tornou uma das religiões mais praticadas na África.
Havia apenas 9 milhões de cristãos na África em 1900. Cem anos depois, em 2000, o número saltou para 380 milhões de cristãos, segundo o estudioso holandês Gerdien Verstraelen-Gilhuis.
De acordo com o estudioso David Barrett, a maioria das 552.000 congregações em 11.500 denominações em toda a África são completamente desconhecidas no Ocidente. Ele defende que grande parte do recente crescimento do cristianismo na África se deve agora ao evangelismo africano e às altas taxas de natalidade, em vez de missionários europeus.
O cristianismo na África tem uma grande variedade, que varia do cristianismo ortodoxo no Egito, Etiópia e Eritreia até as mais novas denominações na Nigéria, um país que experimentou grande conversão ao cristianismo nos últimos tempos.
Um estudo de 2015 estima que 2.161.000 cristãos na África são de origem muçulmana, e a maioria deles pertencente a denominações protestantes. Os dados foram publicados pelos pesquisadores Duane A. Miller e Patrick Johnstone.
(Foto: Valéria Rodrigues/Pixabay)
Nos últimos anos, houve também uma ascensão das megaigrejas na África, especialmente na Tanzânia, Nigéria, África do Sul, Gana, Quênia e Uganda. O maior auditório é o da igreja Dunamis International Gospel Centre, com capacidade para 100.000 lugares, em Abuja, na Nigéria.
Missionários na África
Os missionários chegam às regiões africanas com muito mais além de uma agenda espiritual ou ministerial, já que suas incursões acontecem em lugares pobres onde há ausência de quase tudo capaz de proporcionar uma vida digna para as pessoas.
“Os evangelizadores ainda querem pregar, mas hoje em dia eles também constroem hospitais e escolas. Muitos têm projetos sociais significativos", destaca David Hollinger, professor aposentado da Universidade da Califórnia, em Berkeley.
A paixão missionária não vê obstáculos para que os trabalhos continuem sendo feitos. O Evangelho continua se espalhando pela África, através daqueles que se sentem vocacionados para levar adiante o mandamento de Jesus em Mateus 16:15: “Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura.”
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