Discípulos coerentes - Coluna Lissânder Dias

Discípulos coerentes - Coluna Lissânder Dias

Fonte: Atualizado: terça-feira, 1 de abril de 2014 às 03:49

Um grupo de estudantes universitários de um país rico decidiu orar por alguns países extremamente pobres. Mas, com que sentimento orar, se eles não experimentaram as mesmas dificuldades? Como clamar a Deus se seu coração nada sente? Então, eles acharam uma solução: "Junto com a oração, vamos fazer jejum de coisas supérfluas como lanches, cinema etc". O grupo foi corajoso. Uma coragem santa.

Deus quer discípulos que unam oração e sentimentos verdadeiros, idealismo e atitudes, mente e coração. Devemos ler e interpretar as duas grandes ordens de Jesus nesta perspectiva:

A Grande Comissão:

"Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado. E eis que estou convosco todos os dias até à consumação do século" (Mt 28.19,20).

Os verbos da Grande Comissão (ir-fazer discípulos-batizar-ensinar) mostram que não basta ter boa vontade. É preciso tomar decisões e ter atitudes. Ensinar, por exemplo, exige paciência. Batizar exige autoridade espiritual vinda de um testemunho coerente e constante. Como cumprir tudo isso apenas sentado no sofá de nossas casas ou nos bancos de nossos templos?

O Grande Mandamento:

"Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e de toda a tua força. O segundo é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Não há outro mandamento maior do que estes" (Mc 12.30,31).

Já diziam que amor é um verbo, não um substantivo. Exige ação, com toda a intensidade possível: todo o coração, toda a alma, todo o entendimento e toda a força. Não dá para imaginar um amor burocrático, ideológico, politicamente correto. Estamos falando de estilo de vida, de tomar partido em favor de quem amamos. O objeto do nosso amor é o Senhor e sua maior criação, a humanidade (da qual, obviamente fazemos parte). Toda a existência será influenciada por este amor.

Ser discípulo é escolher agir como seu Mestre. Nosso mestre é Jesus que se fez pobre (Fp 2.7), tomou a decisão de anunciar as Boas Novas para os necessitados (Lc 4.18) e amou seus discípulos até o fim (Jo 13.1). Sua vida é condizente com seus ensinamentos.

Este é o caminho para quem deseja genuinamente encarar a realidade com coerência. O outro caminho é a hipocrisia. E ai daquele que escolhê-lo.

Lissânder Dias do Amaral é jornalista e coordenador executivo da revista Mãos Dadas (www.maosdadas.net). Formando Missiologia pelo Centro Evangélico de Missões. Casado com Kelen, mora em Viçosa (MG).

Leia mais em: www.fatosecorrelatos.blogspot.com

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