Do chamado ao campo

Do chamado ao campo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 09:02
campo missionárioLendo algumas coisas referente ao Chamado Missionário e a preparação para isso, achei interessante registrar aqui algumas coisas e comentar a respeito, crendo que ajudará a muitos.
 
Vivendo em um mundo caído e que se deteriora a cada dia, poder-se-ia pensar: a melhor coisa a se fazer é deixar tudo e servir ao Senhor integralmente. Isto pode ser um grande engano. Mesmo crendo que estamos inseridos em um contexto de pecado e miséria, poderia ser uma falácia (ilusão) simplesmente abandonarmos nossa profissão, seja ela qual for, para nos engajarmos no serviço integral da obra missionária. Nosso erro não seria pela disponibilidade, o que seria louvável, mas pela falta de uma compreensão do significado bíblico-teológico do que seria o chamado missionário.
 
De uma certa maneira todos nós, como cristãos, somos chamados para cuprir a missão. Quanto a isto, devemos estar de acordo. O Cristianismo não excetua (isenta) quem quer que seja quanto à tarefa da evangelização:
 
“Contudo, quando anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois me é imposta essa obrigação. Ai de mim, se não anunciar o evangelho!” 1 Coríntios 9.16
 
Por outro lado, necessitamos compreender com exatidão aquilo que entendemos por “vocação missionária”. Quantas vezes me deparei com candidatos com aparente “pontecial” para missões, mas depois de uma breve conversa, percebi sinais de confusão quanto ao sentido exato de que estes compreediam por vocação. Em sua maioria, eram pessoas dedicadas e consagradas, mas faltava-lhes o principal: receberem, da parte do Senhor da seara, a convocação para o labor missionário.
 
Portanto, não se trata de encararmos este assunto com leviandade e precipitação, mas de nos determos, antes de tudo, nas Escrituras para termos os esclarecimentos que necessitamos.
 
A história da Salvação descrita na Palavra de Deus é uma descrição cronológica e sequencial de chamamentos. A partir do momento em que a desordem e o caos se instalam no mundo criado por Deus como consequência do pecado, a iniciativa do Criador é chamar pessoas, conforme descrito em Gênesis 12, as mais diferentes, dos mais diferentes lugares, que começou com Abraão, perpetuando-se até os nossos dias em um ato soberano Seu, para ver Sua glória espalhada por toda a Terra.
 
Quando voltamos nossos olhos para os escritos do Novo Testamento em busca de um entendimento maior da expressão “chamado” ou “chamamento”, percebemos que Deus permanece imutável em Seus propósitos. Prossegue chamando soberanamente aqueles que Ele quer para que a Salvação possa alcançar a cada homem e mulher deste mundo.
 
Livro “Do Chamado ao Campo” de Oswaldo Prado (Missionário da Sepal)
 
 
Entendo eu, que a principal coisa a estabelecer-se no coração de alguém chamado para Missões Transculturais seja A CONVICÇÃO de que DEUS o esteja chamando, mas a verdade é que muitas coisas determinarão o tempo que esse comissionado levará para chegar definitivamente ao campo. Vejo que há fatores importantes a serem observados, associado é claro, à essa convicção do chamado, como nos exorta as anotações acima descritas, mas consideremos outros:
 
- O RISCO DE QUEIMAR ETAPAS
- AVALIAR CUIDADOSAMENTE OS OBJETIVOS A SEREM ALCANÇADOS
- A QUESTÃO DO PREPARO ADEQUADO
- A PREPARAÇÃO JUNTO A IGREJA LOCAL
- UMA VISÃO INTEGRAL DAQUELE QUE ESTÁ SE PREPARANDO
 
O autor desse livro relata ter conhecido missionários que hoje servem no campo transcultural que levaram entre 5 a 10 anos, e outros mais tempo, para chegarem lá. Durante todo este período eles consideraram a importância de serem devidamente capacitados tanto na igreja local, como também junto à instituições teológicas visando um preparo adequado.
 
Vejo isso como algo, de fato indispensável, pois penso que àquele que crê e diz ter um chamado missionário, DEVE envolver-se nos trabalhos da sua Igreja local, uma vez que ali será preparado e avaliado por uma liderança, que posteriormente o promoverá e enviará. Da mesma forma, DEVE preparar-se no que diz respeito ao conhecimento e amadurecimento na Palavra.
 
Quando nos envolvemos com os mais diferentes tipos de pessoas e nos expomos a situações diversas e muitas vezes, bem complicadas, além de aprendermos a lidar com elas, colocamos o nosso caráter à prova. Isso resultará em uma boa auto-avaliação, onde sinceramente podemos identificar se já estamos prontos ou não para uma próxima etapa ministerial. E isso deve, sem dúvida alguma, mesmo tendo a convicção do chamado vindo de Deus, ser considerado!
 
“Se você não for uma bênção perto, você não será uma bênção longe”.
 
 
- Fabíola Velloso
 

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