A minoria cristã do Iraque sofreu outro ataque ontem à noite quando homens armados dispararam e mataram um casal de senhores cristãos em sua casa.
O tiroteio foi em Baladiyat, uma área predominantemente xiita no leste de Bagdá, e foi o último de uma série de ataques que tem deixado dezenas de cristãos mortos nas últimas semanas.
A violência praticada por extremistas islâmicos tem obrigado a centenas de milhares de cristãos iraquianos a fugirem do país. Desde 2003, a população cristã tem se reduzido de 1,2 milhões a 600.000, segundo algumas estimativas.
O ataque mais mortífero contra a minoria foi o estopim, recentemente, no dia 31 de outubro, quando atacantes suicidas entraram na Igreja Nossa Senhora da Salvação em Bagdá, matando a 58 pessoas ferindo outras 75 (saiba mais).
O Estado Islâmico do Iraque, que reúne aos grupos islâmicos sunitas insurgentes que incluem Al-Qaeda, assumiu a responsabilidade pelo ataque à Igreja católica.
Relembrando das vítimas do ataque de 31 de outubro, o cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais, relembrou os fiéis que nada pode destruir uma religião que se baseia no ministério da cruz.
A Igreja, de fato, não diminui com a perseguição, mas se desenvolve, e o campo do Senhor se vê reforçado por uma colheita mais abundante, quando os grãos de trigo que caíram um por um, renascem e se multiplicam, disse no mês passado durante uma missa na Basílica de São Pedro em Roma, a qual assistiram alguns dos sobreviventes do ataque de outubro.
Os bispos católicos nos Estados Unidos têm pedido aos membros do Congresso que aprovem uma resolução que condene a violência e melhore a segurança para as minorias religiosas no Iraque. A resolução foi apresentada no mês passado pelo republicano Chris Smith.
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