Domingo da Igreja Perseguida reúne igrejas para interceder pela África em 2022

No próximo DIP, evento anual da Portas Abertas, igrejas em todo Brasil vão se unir para interceder em favor da Nigéria e Oeste Africano.

Fonte: Guiame, com informações de Portas AbertasAtualizado: quarta-feira, 10 de novembro de 2021 às 12:12
A violência contra cristãos na Nigéria e Oeste Africano acontece em diversas situações. (Foto: Portas Abertas)
A violência contra cristãos na Nigéria e Oeste Africano acontece em diversas situações. (Foto: Portas Abertas)

O Domingo da Igreja Perseguida (DIP) 2022 já tem data marcada. No próximo dia 12 de junho, a igreja brasileira se reunirá para interceder pela “Nigéria e Oeste Africano”. Esse foi o tema escolhido para a próxima edição já que a região é considerada a mais perigosa do continente. 

Ela conta com 76% dos ataques fatais e 83% das mortes. Desses países, a Nigéria tem o maior número de cristãos mortos, totalizando 74%. 

Entre os continentes pesquisados na última Lista Mundial da Perseguição, a África é o lugar onde mais seguidores de Jesus são mortos, totalizando 90% das mortes do mundo todo. Com esses números é possível perceber que a igreja do Oeste Africano está sob ataque, tendo sua existência ameaçada.

Sobre o Oeste Africano

Entre os países que fazem parte da região estão Nigéria, Mali, Burkina Faso, República Centro-Africana, República Democrática do Congo, Camarões, Níger, Chade, Guiné, Angola, Gâmbia, Togo e Costa do Marfim. 

Os cristãos que vivem nesses países enfrentam diversos desafios pela fé em Cristo, como discriminação por parte do governo ou marginalização social em suas próprias comunidades.

Além disso, a violência direcionada e contínua resulta em cristãos mortos, feridos física e mentalmente, ataques a casas e lojas de cristãos, sequestros, violência sexual, casamentos forçados, prisões sem julgamento e ataques às igrejas. Muitas vezes, por conta disso, aldeias cristãs inteiras precisam fugir procurando um local onde possam sobreviver.

Violência e expansão islâmica

Os altos níveis de violência são principalmente devido a agenda de expansão islâmica. Com isso, na região, mais de 2,6 mil cristãos foram mortos, sendo mais da metade deles apenas na Nigéria. 

Além disso, mais de 7,5 mil sofreram ferimentos físicos e mentais, mais de 2,2 mil casas e outras propriedades de cristãos foram destruídas; mais de 1,7 mil lojas de cristãos foram atacadas; pelo menos 729 cristãos foram sequestrados; mais de 2 mil mulheres cristãs enfrentaram violência sexual e aproximadamente 300 foram forçadas a se casar. Quanto às igrejas, mais de 3,4 mil foram atacadas.

Diante dessa realidade, há necessidade de fortalecer esses cristãos ameaçados e garantir que vivam firmados em Cristo e com ousadia para compartilhar o Evangelho, apesar da perseguição. A Portas Abertas pede as orações e apoio do corpo de Cristo para auxiliar a igreja na Nigéria e Oeste Africano.

Sobre a violência contra cristãos

A violência contra cristãos na Nigéria e Oeste Africano sempre ocorre devido a uma mistura de fatores socioeconômicos, étnicos e religiosos. E embora haja lugares em que esses não são os únicos responsáveis, a violência que ocorre na região tem um claro motivo principal: a expansão do islamismo.

Apesar de outras vertentes do islamismo ganharem destaque em todo mundo, militantes islâmicos se enraízam cada vez mais nessa região. Isso ocorre com frequência em áreas onde o Evangelho é bem aceito. 

Sendo assim, caso os responsáveis pela violência não tenham sucesso em acabar completamente com a igreja, utilizam o método para manter cristãos em silêncio, sem compartilhar as boas novas.

A violência contra cristãos costuma ocorrer em diversas situações. Uma delas é onde há conflitos frequentes quanto a terra, água e outros recursos em comum. No Cinturão Médio da Nigéria, por exemplo, militantes fulani atacam principalmente agricultores cristãos e ocupam suas terras. 

Também há ataques onde governos enfraquecidos criam brechas de poder que podem ser exploradas por grupos extremistas. Esse é o caso no Nordeste da República Centro-Africana, onde grupos predominantemente muçulmanos realizam massacres com impunidade.

Outra situação de violência é onde jovens se sentem marginalizados e permitem se tornar radicais. E ainda em territórios onde há guerras em curso ou interesse em criar um califado. Um exemplo é o Boko Haram na Bacia do Lago Chade (que inclui o Nordeste da Nigéria, Sudeste do Níger, Oeste do Chade e Extremo Norte de Camarões) e as Forças Democráticas Aliadas (ADF, da sigla em inglês) no Noroeste da República Democrática do Congo. O desejo de ambos os grupos é criar um califado.

A violência afeta todas as áreas na vida dos cristãos, levando a situações de trauma, desabrigamento e dificuldades econômicas. Além das difíceis consequências, a longo prazo isso também afeta a igreja no geral. “Se nós não respondermos a esse desafio com urgência, a igreja se enfraquecerá ao ponto de ser totalmente removida na região”, escreveu a Portas Abertas. 

DIP 2022: Nigéria e Oeste Africano

Apesar da violência dos ataques, a palavra de Deus nos garante, em Isaías 54.17, que nenhuma arma forjada contra os servos do Senhor prevalecerá. Além disso, o próprio Jesus, ao falar sobre a igreja, garantiu em Mateus 16.18 que as portas do inferno não prevaleceriam contra a igreja. 

Assim segue a igreja na Nigéria e Oeste Africano, sobrevivendo. A Portas Abertas convida todas as igrejas no Brasil a conhecer a situação. “Faça algo mais. Entre na história dos nossos irmãos e irmãs africanos e clame em unidade com a igreja brasileira. Participe do DIP 2022”, escreveu.

Para realizar o DIP, basta ter uma autorização do líder da igreja. Depois, se cadastrar no site da Portas Abertas [www.portasabertas.org.br/dip] para obter todas as instruções. Materiais e vídeos serão disponibilizados a todos os inscritos. 

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