Após nove anos de cativeiro, duas jovens sequestradas por extremistas Boko Haram foram resgatadas e tiveram a esperança renovada.
Com 26 anos de idade, elas foram recuperadas em abril por soldados nigerianos e levadas de volta às suas famílias no estado de Borno, no nordeste do país.
Em abril de 2014, Hauwa Malta e Esther Marcus, eram alunas da escola secundária para meninas do governo no vilarejo de Chibok. Elas estavam entre as 276 meninas sequestradas pelo Boko Haram.
Segundo o portal Daily Trust, Hauwa estava grávida de oito meses quando foi resgatada e, em 28 de abril, deu à luz a um menino.
Durante o período em cativeiro
Enquanto estavam em cativeiro, Hauwa e Esther foram forçados a se casar com três extremistas diferentes, pois à medida que os maridos iam morrendo em confrontos com militares, elas eram obrigadas a se casar novamente.
A maioria das jovens resgatadas nos últimos meses saíram da Floresta Sambisa, um esconderijo dos extremistas. Elas e suas famílias compartilharam que foram forçadas a se casar, tiveram filhos e não tinham mais esperança de liberdade.
O major-general Ibrahim Ali, líder da operação militar nigeriana contra a violência extremista na região nordeste que ocorre há mais de uma década, contou:
“Desde o resgate, elas passaram por exames médicos junto com seus bebês”.
De acordo com o The Guardian, mais de 20 jovens recuperaram a liberdade no ano passado, mas quase 100 alunas de Chibok que foram sequestradas em 2014 continuam desaparecidas.
“Isso trouxe novas lembranças para os pais de que suas filhas ainda estão desaparecidas”, afirmou Hassan Chibok, um líder local.
Atuação do Boko Haram na Nigéria
O sequestro de 2014 foi um marco na perseguição contínua do Boko Haram que cresceu em alcance e influência nas comunidades cristãs da região.
A maioria de seus membros agora opera como uma facção mais agressiva apoiada pelo Estado Islâmico, para eliminar a influência ocidental e impor a lei islâmica da Sharia.
De acordo com o Programa de Desenvolvimento da ONU, mais de 35.000 pessoas morreram e mais de 2 milhões foram deslocadas pela violência extremista na Nigéria.
Além das meninas, Dede Laugesen, diretor executivo da “Save the Persecuted Christians”, informou ao Christian Post que os terroristas sequestram meninos e fazem uma “lavagem cerebral” para que eles se tornem um deles.
Os cristãos são frequentemente alvo de grupos extremistas e terroristas. Organizações religiosas de direitos humanos informaram que a violência no país atingiu o nível de “genocídio”.
Desse modo, muitos nigerianos se preocupam com o posicionamento leviano do governo em relação ao crescente número de ataques e sequestros na Nigéria.
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