Com os conflitos atuais no oriente médio, o clima que já era tenso na Faixa de Gaza, piorou. Uma pequena comunidade Batista, localizada em uma região turbulenta do país, foi obrigada a suspender os cultos. Segundo Hanna Maherm, pastor da igreja, a violência e perigo na região impedem até mesmo as visitas a todos os membros da igreja. Com as famílias que não pode estar junto, ele mantém contato via telefone, quando os serviços de telefonia estão funcionando.
Uma missionário da Portas Abertas que reside no local, conta sobre uma conversa que teve com o pastor Mahern: "Ele explicou que considerou manter cultos aos domingos pela manhã durante o período de cessar-fogo. Mas, como o cessar-fogo não foi mantido, ele decidiu que era irresponsabilidade reunir os irmãos na igreja".
"A igreja e a livraria cristã estão do outro lado da rua de uma delegacia de polícia. Essa delegacia foi atacada várias vezes, por isso é uma área potencialmente perigosa. As autoridades também pediram para que a livraria fosse temporariamente fechada”, explica o coordenador da Portas Abertas para a região.
O perigo nos lares
Como alternativa, os membros da igreja organizam reuniões de oração nos lares, mesmo com os riscos muito perto de casa. Uma família foi instruída pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, sigla em inglês) para deixar temporariamente o seu apartamento, já que eles estavam preparando um ataque a uma casa próxima. Mesmo com ataques precisos para evitar erros, em julho deste ano a IDF tirou a vida de Jalila Ayyad, uma cristã de 60 anos, por um ataque mal direcionado.
"Se um apartamento é danificado por causa de um ataque, muitas vezes todo o edifício é fechado por medo de um colapso", afirma um cristão local. "Atualmente, mais de 160 mil pessoas não têm casa. Fazemos o que podemos para ajudar, inclusive acolhemos algumas em nossos lares.”
Muitas pessoas perderam suas casas ou foram forçadas a sair, e as igrejas têm cumprido o papel de abrigar esses refugiados. Entre os 1,7 milhões de muçulmanos que vivem em Gaza, a comunidade cristã é minoria, com cerca de 1.500 a 2.000 pessoas.
Com informações da Portas Abertas
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