Em visita, Portas Abertas leva encorajamento a cristãos refugiados em Camarões

Além de fome e sede, os refugiados precisam aprender a lidar com o trauma e o desânimo

Fonte: guiame.com.brAtualizado: terça-feira, 4 de novembro de 2014 às 15:45
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CamarõesMilhares de camaroneses e nigerianos fugiram bo Boko Haram nos últimos meses. Devido aos ataques, centenas de famílias foram deslocadas.

A Missão Portas Abertas foi até a região e percebeu que além de fome e sede, os refugiados estão expostos a doenças e precisam lidar com o trauma e desânimo.

Com fome, com sede e traumatizados – foi assim que os colaboradores da Portas Abertas descreveram os cristãos deslocados perto de Mokolo, no extremo norte de Camarões. Eles fugiram da violência do Boko Haram que se espalhou da Nigéria até Camarões.

Nossa primeira visita aos camaronenses deslocados aconteceu pouco depois de eles terem sido forçados a fugir de suas vilas. "Quase todo mundo estava em pânico", disse André*. "Pessoas fugiram de uma cidade para a outra a pé.” Até André teve de fazer a jornada à pé. O uso de motos foi proibido porque o Boko Haram as usa para ataques.

Nos escritórios da administração distrital, André encontrou pessoas espalhadas pelo chão. Algumas apenas sentadas com o olhar distante, outras tentando descansar. A maioria sem comer por até três dias.

Embora tenha mostrado solidariedade a essas pessoas e as encorajado em fé, a resposta não era tão rápida quanto imaginava. Além disso, as autoridades não permitiram que ele visitasse os cristãos.

Os rebeldes ocuparam a cidade, queimaram as casas dos cristãos que estavam escondidos aqui e, os expulsaram. Eles também esvaziaram igrejas e destruíram todos os pertences e equipamentos.

Nós tentamos trazer um pouco de alegria apesar da tristeza que havia, encorajando-os na fé e os lembrando de que eles não estão sozinhos. “Nós os reunimos na igreja e demos a eles uma palavra de encorajamento. Eu pedi a eles que dissessem à pessoa que estava à sua esquerda para não desistir apesar das dificuldades. Isso tirou pelo menos alguns sorrisos. Nós demos as mãos e então oramos por eles”, compartilha um dos membros da equipe.

*Nomes alterados por motivos de segurança


com informações da Portas Abertas

 

 

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