Espancado por evangelizar, pastor diz que não deixará ministério: "Vou pagar o preço"

O pastor Bangali Das foi espancado junto a um grupo de cristãos, após extremistas interromperem um culto no qual ele pregava.

Fonte: Guiame, com informações do Christian PostAtualizado: quinta-feira, 29 de novembro de 2018 às 12:36
Extremistas fazem protesto violento contra cristãos na Índia. (Foto: asianews.it)
Extremistas fazem protesto violento contra cristãos na Índia. (Foto: asianews.it)

Um pastor indiano que foi severamente espancado junto aos membros de sua congregação no início deste mês no estado de Bihar (Índia), prometeu continuar pregando o Evangelho, apesar da perseguição à sua fé cristã, como as heróicas figuras da Bíblia.

"Como estou trabalhando para o Senhor, sempre me preparei para qualquer tipo de eventualidade, perseguição ou perigo. Me preparei e vou pagar o preço de servir ao meu Deus", disse o pastor Bangali Das em uma entrevista à International Christian Concern, envolvido em bandagens e respirando ainda com dificuldade, devido a ferimentos que sofreu durante o ataque.

"Grandes homens de Deus na Bíblia, como Sadraque, Mesaque, Abedenego e seu amigo Daniel foram perseguidos. Então eu sinto que é uma ocasião para eu glorificar a Deus, como eles. Vou continuar a trabalhar para o Senhor, apesar de todos esses obstáculos e dor", acrescentou.

Das, que é pastor há 12 anos, foi acusado por outros na aldeia de Tetua de realizar "conversões forçadas", o que é uma acusação frequentemente usada contra cristãos em aldeias em todo o país de maioria hindu.

Após sua congregação tenr aumentado para mais de 200 fiéis, por meses ele também enfrentou problemas com a polícia local. Em fevereiro, eles despejaram o pastor e membros da igreja das instalações que que foram alugadas para os cultos, devido a reclamações de "barulho".

Mas Das recusou-se a desistir de ministrar às pessoas em Tetua e explicou que ele tinha que realizar os cultos em um local aberto.

Ele disse que vários homens e mulheres da casta local Manjhi se entregaram a Jesus e lhe ofereceram um lugar aberto para conduzir os cultos.

Até 150 não-cristãos da casta Manjhi atacaram os que participavam de um culto de adoração em 4 de novembro, acusando o pastor de forçar a conversão de pessoas e exigindo que ele parasse de pregar.

"Quando nossos crentes pediram que eles dessem algum tempo para comprar um lugar e construir um salão de culto, eles nos cercaram e começaram a nos espancar", explicou Das.

"Dois homens me pegaram e começaram a me golpear com as mãos. Eu me machuquei muito no meu peito e meu braço ficou ferido. Eles me jogaram no chão e me bateram até eu ficar inconsciente", acrescentou.

Contexto

Os cristãos sofreram uma onda de perseguição em vários estados indianos este ano, o que resultou em espancamento de pastores e destruição de igrejas.

O pastor Singh, que lidera uma congregação no estado indiano de Madhya Pradesh, compartilhou em setembro como os cristãos estão sendo ameaçados e pressionados a abandonarem sua fé em Jesus.

Radicais hindus ameaçaram espancar e matar cristãos, levando 15 famílias a tornarem-se muito relutantes em ir à igreja.

"A razão para essa queda na frequência nos cultos são as ameaças dos radicais hindus", disse Singh à organização International Christian Concern na época. "Os radicais dizem que vão espancar e matar os membros das igrejas se continuarem a frequentar os cultos".

"Antes de maio deste ano, cerca de 200 pessoas costumavam participar regularmente dos cultos em nossa igreja", acrescentou. "Mas agora apenas cerca de 50 a 60 pessoas participam aos domingos. Eles estão sob enorme pressão dos radicais hindus".

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