O líder cristão birmanês, Hkalam Samson, preso em dezembro de 2022, foi condenado no dia 7 de abril a 6 anos de prisão por associação ilegal, difamação do Estado e terrorismo.
Ele teria direito à liberdade, junto de outros 2.135 presos que foram beneficiados na celebração do Vesak, no dia 3 de maio. De acordo com informações do International Christian Concern, ele tentou recorrer aos tribunais superiores, mas o tribunal da prisão rejeitou o recurso um dia antes do benefício.
Vesak é uma data comemorada pelos budistas e decretada como feriado em diversos países. Na ocasião, existe o costume de soltar pássaros e prisioneiros como símbolo de esforço pela liberdade.
Em uma declaração sobre a libertação desses prisioneiros, a ONG de direitos humanos Anistia Internacional afirmou: “Esta libertação há muito esperada deve marcar o primeiro passo para a libertação imediata de todos os indivíduos que foram arbitrariamente detidos por exercerem seus direitos básicos à liberdade de expressão e liberdade pacífica, assembleia ou outros direitos humanos”.
Cristão presos por “crimes políticos”
Desde que os militares tomaram o poder em Mianmar, em fevereiro de 2021, cerca de 21.000 pessoas foram presas, entre elas, as acusadas de “crimes políticos”, ou seja, por “incitar oposição ao regime militar”
No caso de Samson, que foi presidente da Convenção Batista Kachin, por 12 anos, uma grande associação de igrejas birmanesas, o que chamou a atenção do governo foi sua visita ao ex-presidente Donald Trump, em 2019.
Na ocasião, o pastor relatou a opressão de minorias em Mianmar, incluindo os cristãos que representam 6% da população de 54 milhões de cidadãos.
Cerca de 90% da população pratica o budismo e os militares atualmente operam um regime budista-nacionalista. A organização pede orações por Samson e tantos outros cristãos presos por sua fé em Cristo.
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