Ex-muçulmano é acusado falsamente de roubo

Ex-muçulmano é acusado falsamente de roubo

Fonte: Atualizado: sábado, 31 de maio de 2014 às 10:15

O diarista ex-muçulmano Abul Hossen, 41, foi preso no sábado, dia 21 de agosto, sob falsa acusação de roubo de gado, por influências de muçulmanos, na tentativa de impedir as atividades cristãs em Dubachari, no distrito de Nilphamari, a 300 quilômetros da capital Dhaka, segundo alguns locais.

Cristãos do vilarejo disseram à Compass que Hossen foi vítima de “truques sujos” por muçulmanos influentes.  “Há outro Abul Hossen na vila e que deve ser o ladrão, mas seu sogro é muito poderoso”, diz Gonesh Roy. “Para salvar seu genro, ele imputou a culpa sobre outro Abul Hossen diferente, que é um homem completamente bom.”

Hossen, que se converteu ao cristianismo em 2007, é bem ativo na comunidade, e muçulmanos  têm lhe ameaçado com a acusação. Por conta disso seu ministério é desacreditado e os vilarejos denunciam sua fé, diz Roy. “Se ele pode ser acusado no caso do roubo de gado, será preso”, declara. “Será um homem local condenado e, por isso, nenhuma pessoa dali dará ouvidos a um ladrão condenado, não importa quem seja.”

Foram àpolícia pedir a libertação dele cerca de 150 moradores, 20% cristãos. Sanjoy Roy, um pastor leigo do Christian Life Bangladesh, contou à Compass que Hossen era um cristão fervoroso e que alguns muçulmanos o assediavam desde sua conversão.

“Eles acreditavam que, se o humilhasse, não poderia mais testemunhar de Cristo, e seria fácil ter outro cristão de volta ao islamismo”, declara Roy. “Ele é vítima de truques sujos de alguns locais.”

Hossen foi batizado em 12 de junho de 2007, junto de mais 40 pessoas criadas como muçulmanas.  Dessas batizadas, somente sete continuaram cristãs. Os aldeões e missionários muçulmanos chamados Tabligh Jamat obrigaram as 34 pessoas a voltarem ao islamismo em seis meses, segundo fonte.

O chefe da polícia local, Mohammad Nuruit Islam, contou à Compass que funcionários prenderam  o ladrão de gado, e disse que seu cúmplice chamava-se Abul Hossen.

“Baseado na declaração confessional islã de ladrões, prendemos Abul Hossen”, diz Islam. “Há algumas pessoas com o nome de Abul Hossen no vilarejo, mas o ladrão falou exatamente sobre este Abul Hossen que prendemos.”

Hossen, detido por três dias para investigação adicional, nega veementemente a acusação de que estava envolvido com o roubo de gado, diz Islam.

Um muçulmano do conselho, que também foi uma das pessoas presentes na delegacia pedindo a liberação de Hossen, Aminur Rahman, contou à Compass que Hossen foi o bode expiatório. “Ele é um homem 100% bom”, acrescenta Rahman. “Há duas ou três pessoas com o mesmo nome dele. Algum deles pode ter sido o ladrão, mas posso garantir que Abul Hossen não cometeu esse crime.”

Não deve importar aos olhos da lei se Hossen é cristão, muçulmano ou hindu. O líder do conselho do governo local, Shamcharan Roy, um hindu de Lakmichap Union, disse à Compass que Hossen não estava engajado em nenhuma atividade criminal.

Em 2007, Hossen contou à Compass que não desistiu de sua fé em Jesus. “Eles me ameaçaram com graves consequências caso não voltasse ao islã. Eu disse que estava pronto a oferecer minha vida por Cristo, mas não renunciaria minha fé Nele”.

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