Ex-tenente da 2ª Guerra sobrevive a tiros e vira missionário: “Foi plano de Deus”

Joe foi baleado na cabeça durante a Segunda Guerra, mas os tiros milagrosamente não o acertaram.

Fonte: Guiame, com informações do Eternity NewsAtualizado: quarta-feira, 27 de abril de 2022 às 12:05
Joe, de 101 anos, foi tenente na Segunda Guerra Mundial. (Foto: Eternity News)
Joe, de 101 anos, foi tenente na Segunda Guerra Mundial. (Foto: Eternity News)

Aos 101 anos, Joe tem muita história para contar e muitas razões para agradecer. Durante uma batalha na Segunda Guerra Mundial, em 1945, ele foi baleado na cabeça, mas os tiros não o acertaram. Desde então, ele tem vivido uma vida dedicada a Deus.

“Estou fraco em meu corpo, mas ainda posso orar. Tenho muito a agradecer!”, disse Joe ao site Eternity News.

Joe se entregou a Jesus aos 17 anos de idade, durante um acampamento de jovens da Scripture Union, em Londres. “O Senhor Jesus se tornou cada vez mais real para mim desde que eu abri meu coração para Ele”, lembra.

Dois anos depois, o mundo foi surpreendido com o início da Segunda Guerra Mundial e Joe se alistou no Exército do Reino Unido. Em 1940, ele foi comissionado como 2º tenente e foi enviado para Peshawar, uma cidade que fica no Paquistão, mas na época era na Índia.

Em 1945, Joe liderava sua unidade militar em uma batalha contra as forças do Japão, para reconquistar uma vila na Birmânia. Em 27 de julho, um dia marcado por uma forte chuva, Joe estava em uma batalha contra atiradores de elite. Os japoneses recuaram e os britânicos voltaram para seu acampamento.

“Voltamos andando pela aldeia”, lembra Joe. “Foram umas 12 horas depois que tirei meu capacete de aço que eu senti um pequeno arranhão no topo da minha cabeça. Eu tirei a borracha e o couro do capacete e vi dois buracos nele. Duas balas atravessaram meu capacete e uma terceira bala ricocheteou nele.”

Quando notou que havia experimentado um livramento de Deus, Joe teve uma impressão em seu coração. “Não havia nenhuma voz retumbante do céu, mas veio à minha mente: ‘Joe, você não tem o direito de estar vivo. Entregue sua vida completamente a mim’”, conta.

Joe diz que desde sua conversão aos 17 anos, ele sempre orava e lia sua Bíblia, mas achava difícil manter sua devoção enquanto estava no Exército. “Eu tinha desviado um pouco”, confessa. “Eu orava ao Senhor principalmente para eu continuar vivo. Mas o Senhor me segurou graciosamente — até aquela batalha na Birmânia. As balas no meu capacete pareciam um alerta.”

De soldado a missionário

Depois de sobreviver milagrosamente, Joe ficou no hospital por oito semanas. Ele sofreu ferimentos nas pernas que inflamaram e levaram oito semanas para cicatrizar. “Mas acredito que era parte do plano de Deus”, ele destaca. “Ficar deitado no hospital me deu tempo para repensar minha vida e minha fé. O Senhor me salvou graciosamente para um propósito. O que Ele queria que eu fizesse?”

Depois que Joe saiu do hospital, ele voltou para a Inglaterra e se formou em Teologia em Oxford. Depois de dois anos servindo uma igreja em Londres, ele respondeu ao chamado de Deus para fazer missões na Índia. 

“Eu sabia sobre as necessidades no Sudeste Asiático por causa do meu tempo lá na guerra. Trabalhei com a Scripture Union lá por dez anos e foi uma grande oportunidade para o Evangelho”, relata.

Foi nesse tempo que Joe conheceu sua esposa, Edith, que ensinava em uma escola bíblica na Índia. Eles se casaram na Índia e tiveram seis filhos. “Ficamos lá por 22 anos”, conta.

Então, em julho de 1974, Joe se mudou com sua família para Camberra, a capital da Austrália. Na nova cidade, ele começou a servir uma igreja e reconhece que foi conduzido por Deus até ali.

“Hoje, agradeço a Deus que o Senhor Jesus se tornou cada vez mais real para mim, ao longo de todos esses anos, mesmo nesta vila de aposentados, em confinamento. Ainda procuro ser uma testemunha, o melhor que posso, entre os idosos daqui”, afirma Joe.

Agora, Joe tem 22 netos e 23 bisnetos e continua buscando o Senhor todos os dias. “Eu oro para que todos eles conheçam Jesus e sigam Seus planos para eles”, destaca. “[Orar] é a única coisa que podemos fazer enquanto envelhecemos. Posso orar pelo mundo, pelo Irã e Afeganistão e por minha família. ‘Me mantenha fiel, Senhor Jesus!’”, acrescenta.

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